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A estação das fantasias

03 mai 2001 às 08:23

Um homem está esperando pelo metrô. Uma mulher chega e tenta seduzi-lo contando/vivendo personagens de sua fantasia. Várias vezes o metrô passa por ali, mas o homem está distraído com a sucessão de imagens que saem daquela figura estranha.

Tomando como tema a solidão que acomete os habitantes da cidade grande, estréia hoje, às 20h30, no Salão Paraná do Memorial de Curitiba a peça "Metrô", de autoria dos espanhóis Francisco Sanguino e Rafael González, com João Paulo Leão e Fátima Esper. Direção de Enéas Lour.


O espaço utilizado para a peça foi transformado numa estação de metrô pelo cenógrafo Tony Silveira (também responsável pelos figurinos). A concepção transformou a sala numa espécie de arena - a parte central é cortada pelos trilhos do trem.


O espetáculo teve sua estréia mundial há sete anos na Espanha, conquistou diversos prêmios, motivou encenações na Europa e no Chile. No Brasil fará agora sua primeira temporada. Para o diretor Enéas Lour este foi um dos aspectos que lhe chamou a atenção. "Estamos distantes das produções dramáticas atuais, seja daqui ou do exterior. Achei interessante trabalhar com um texto mais novo".


A duração da peça gira em torno de uma hora. Nesse tempo a platéia descobre - assim como o homem - que à sua frente a mulher está fantasiando situações e personagens. O homem (nenhum dos dois tem nome) deixa-se enredar, não toma o metrô e, imagina-se, vai levar adiante esse truque. Talvez este seja um bom antídoto para o vírus da opressão e indiferença, doenças próprias das metrópoles.

Serviço: "Metrô", de Francisco Sanguino e Rafael González, com João Paulo Leão e Fátima Esper. Direção de Enéas Lour. Estréia hoje (dia 3), às 20h30, no Salão Paraná do Memorial de Curitiba (Largo da Ordem). Ingressos: R$ 5,00 mais um quilo de alimento não perecível, que será destinado à Apae/PR. Temporada prossegue até 3 de junho, sempre de quinta a domingo, às 20h30.


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