Pabllo Vittar ganhou, neste domingo (30), um perfil no The New York Times, o mais importante jornal dos Estados Unidos. Com o título "A próxima grande drag queen do mundo é brasileira", o diário recupera a trajetória da artista, da infância pobre no Maranhão aos dias de hoje.
O texto abre com a apresentação de Pabllo na última Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, no começo do mês, e acha curioso que a drag queen tenha pedido aos fãs para vestirem verde e amarelo no evento outrora colorido, numa tentativa de reivindicar as cores da bandeira sequestradas pela direita bolsonarista.
"RuPaul pode ser a rainha das rainhas, mas a herdeira da coroa global chegou", escreve o jornalista Jack Nicas na matéria, acompanhada por fotos de Victor Moriyama, feitas num encontro após um show no Maranhão, onde a drag queen nasceu. Ele também diz que Pabllo começou a superar seu ícone de infância, segundo as métricas da era da internet.
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"Nós últimos sete anos, Pabllo Vittar se tornou, em certa medida, a drag queen mais bem-sucedida do mundo. Ela tem seis álbuns de estúdio, sua própria linha de moda com a Adidas, uma campanha de publicidade global com a Calvin Klein e 1,8 bilhão de execuções de suas músicas", escreve ainda.
Nicas também lembra das turnês da maranhense pelos Estados Unidos e a Europa, bem como sua participação em importantes festivais de música, como o Lollapalooza e o Coachella, e no show de Madonna em Copacabana.
O artigo também chama Pabllo de representante de um "paradoxo LGBTQIA+", já que seu sucesso e a ampliação de leis e proteção a essa população acontecem em meio à ascensão de uma direita conservadora no Brasil.
O artigo também destaca as tentativas de Pabllo, uma estrela com "sucesso internacional moderado", de se projetar fora do Brasil, em especial a partir de um álbum que mistura inglês e espanhol, atualmente em fase de gestação.