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The Strokes satisfazem os fãs no Tim Festival

25 out 2005 às 17:28


Curitiba - Quem viu a estrela de filmes como ''As Panteras'', a loira Drew Barrymore, desfilando pra cima e pra baixo na área VIP do Tim Festival, teve a certeza de que eles realmente estariam ali minutos depois. A namorada do baterista Fabrizio Moretti, do The Strokes, ficou bem pertinho do palco, na ''fila do gargarejo'', para acompanhar o amado em noite de gala da apresentação que aconteceu em São Paulo, na noite de domingo.

Em meio aos chuviscos, que ensaiavam molhar de vez quem se preocupava com uma chuva torrencial, o grupo mais aguardado do festival entrou já bem credenciado: seus dois únicos álbuns, ''Is This It'' e ''Room on Fire'' são bem populares por aqui e, além disso, Moretti é brasileiro, nasceu no Rio e foi embora para os Estados Unidos ainda bem pequeno. Pra completar a empatia, antes mesmo do início do show, é sabido entre os fãs que o pai do vocalista Julian Casablancas, John Casablancas, é fundador da agência de modelos Elite e praticamente mora no Brasil já há alguns anos.


A galera, que se espremeu durante os shows anteriores, e já poderia até ter ido embora só pela ótima apresentação dos canadenses do Arcade Fire, foi ao delírio quando entrou no palco o quinteto que trouxe de volta o rock ao primeiro plano no início do novo século. Julian Casablancas, bem ao ''estilo gringo'' declarou amor ao público e, como de praxe, soltou algumas palavras em português.


Em seguida, a execução quase completa dos dois álbuns. ''New York City Cops'', ''12:51'', ''Barely Legal'', ''Take It Or Leave It'', ''Automatic Stop''... Estavam todas lá, bem tocadas, com uma fidelidade impressionante aos álbuns. A falta de um pouco mais de ousadia e improviso, como na apresentação do Weezer, e de mais energia, como no arrebatador show dos velhinhos do MC5 (ambos também estiveram no Brasil recentemente), aliado ao baixo volume do som, decepcionaram um pouco quem esperava por um clima ''mais rock'' no ponto alto da noite. Mas nada que comprometesse as belas canções dos Strokes.


Eles ainda aproveitaram para mostrar três novas músicas do terceiro e novo álbum, previsto para janeiro de 2006. ''Juice Box'' e ''Heart in a Cage'' estarão em ''First Impressions of Earth'', enquanto a não tão empolgante, ''Hawaii Aloha'', provavelmente sairá como ''lado B'', de acordo com o próprio Casablancas.

O momento de maior explosão na platéia foi durante a apresentação de ''Last Nite'', música que capitaneou o chamado ''novo rock'' nos últimos quatro anos. Depois disso, a banda saiu para o já conhecido momento de pausa antes do bis. No retorno, executou o restante das músicas do primeiro álbum, que assim foi tocado ao vivo por completo, com ''Modern Age'' e encerrou com a incendiária ''Reptilia''. De quebra, o Strokes provou que ainda tem muito fôlego pela frente e, com mais um ou dois álbuns tão bons quanto os já lançados, estão prontos para se tornarem um novo clássico do rock nos próximos anos.


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