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Musical sobre Cazuza terá apresentação gratuita em Curitiba

08 abr 2015 às 13:58

Agenor de Miranda Araújo Neto (1958-1990), o Cazuza, um dos maiores compositores da música brasileira, com suas letras poéticas e recheadas de crítica, falou como ninguém da juventude dos anos 1980. A trajetória da sua vida breve e muito intensa, é retratada no espetáculo avassalador "Cazuza Pro Dia Nascer Feliz, O Musical", protagonizado por Emílio Dantas, dirigido por João Fonseca e com texto de Aloísio de Abreu. A Rede, empresa do conglomerado Itaú Unibanco e uma das líderes no mercado nacional de meios de pagamento, patrocina com exclusividade o espetáculo em oito exibições gratuitas, que chega neste sábado, dia 11 de abril, em Curitiba. Com realização da Like Entretenimento, a apresentação será na Boca Maldita (R: XV de Novembro, s/n) às 19horas. A estreia da montagem neste modelo foi em Vitória (ES) e depois, da capital paranaense, segue para Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

Grande sucesso de crítica e visto por mais de duzentos mil espectadores, a nova turnê de "Cazuza Pro Dia Nascer Feliz, O Musical" também passa a fazer parte da estratégia de apoio a projetos culturais da Rede, viabilizando o acesso a cultura e trazendo o teatro a espaços públicos, sempre com acesso gratuito. Essa estratégia começou em dezembro de 2013 com o musical "Gonzagão – A Lenda" e depois foi estendido com "Milton Nascimento – Nada Será Como Antes". Ao todo, essa grande turnê, gratuita e inédita, passou por 13 cidades brasileiras e atraiu cerca de 65 mil pessoas.


"O projeto de palcos abertos, uma iniciativa exclusiva nos projetos apoiados pela Rede, tem por objetivo disseminar o acesso à cultura nas suas mais variadas formas", afirma Fernando Amaral, diretor de Marketing de Varejo do Itaú Unibanco. "A iniciativa também esta alinhada ao posicionamento de marca da Rede, pois conecta pessoas por meio da cultura".


SOBRE O ESPETÁCULO


O espetáculo reúne alguns dos maiores clássicos de Cazuza em carreira solo ou no Barão Vermelho, como "Pro Dia Nascer Feliz" e "Codinome Beija Flor". Canções como "Bete Balanço", "Ideologia", "OTempo não para", "Exagerado", "Brasil", "Preciso dizer que te amo", "Faz parte do meu show" estão presentes no roteiro, que reserva espaço também para composições de Cazuza que ele nunca chegou a gravar, como "Malandragem", "Poema" e "Mais Feliz".


"Cazuza, Pro Dia Nascer Feliz, O Musica", foi consagrado como melhor musical, melhor direção (João Fonseca) e melhor ator de Musical (Emílio Dantas). O elenco traz também Stella Rodrigues, Marcelo Várzea, André Dias, Fabiano Medeiros, Brenda Nadler, Arthur Ienzura, Igor Miranda, André Vieri, Marcelo Ferrari, Dezo Mota, Sheila Matos, Carol Dezani, Oscar Fabião, Osmar Silveira, Philipe Carneiro e Carlo Leça completam a escalação, dando vida a nomes como Lucinha e João Araújo, Ney Matogrosso, Bebel Gilberto, Frejat, Caetano Veloso, Dé Palmeira, entre vários outros personagens que gravitaram no universo de Cazuza.


Para a construção do texto, Aloisio de Abreu partiu das conversas com pessoas próximas a Cazuza e fez uma ampla pesquisa para a criação da estrutura dramática do espetáculo. "Apesar de frequentar os mesmos lugares, eu não conhecia o Cazuza. Entretanto, sempre tive uma profunda identificação com a obra dele, que tem um quê de crônica da nossa época, revelando de forma rasgada comportamentos típicos dos jovens que todos éramos nos anos oitenta", explica Aloisio.


Como a vida do personagem foi curta e, ao mesmo tempo, muito intensa, o autor procurou contar a história de forma ágil, avançando sempre a partir dos momentos de virada na carreira e na vida dele: a descoberta do teatro, o gosto pelo rock, o momento em que resolve cantar, montar uma banda, se profissionalizar, o estouro, as brigas, a mudança no estilo de sua obra, o estrelato solo, a descoberta da doença, a urgência poética no fim das forças. Enfim, momentos que levam a história adiante. "As músicas se inserem quase como parte do texto. Estrutura de musical mesmo. Claro que tem momento show, mas a trajetória do Cazuza é contada através das letras e da poesia dele. Tudo no texto ‘faz parte do show’", complementa.


A montagem dá continuidade à pesquisa desenvolvida por João Fonseca de uma cena musical brasileira mais despojada e teatral. "Este espetáculo é mais um passo do trabalho que comecei com ‘Gota d’água’ e que culminou no ‘Tim Maia’. É uma nova possibilidade de desenvolver e aperfeiçoar uma linguagem muito autoral de musical iniciada há alguns anos". O diretor conta que os depoimentos de Lucinha Araújo foram fundamentais na estruturação cênica do espetáculo: "A partir das lembranças dela, vamos conhecendo a vida e a obra desse artista e, tal como sua obra, a peça alterna momentos exagerados e de puro rock'n’roll a mais intimistas e delicados", finaliza.


Um amplo trabalho de pesquisa também foi essencial para a concepção musical espetáculo. Os diretores musicais Daniel Rocha e Carlos Bauzys conceituaram a sonoridade em quatro situações: Barão Vermelho não produzido; a gravação do primeiro disco; e depois do sucesso, já consolidados. A banda solo de Cazuza também será reproduzida com fidelidade.


A cenografia de Nello Marrese traz elementos fundamentais do universo de Cazuza.

Completando a ficha técnica, Paulo Nenem e Daniela Sanches (iluminação), Carol Lobato (figurinos) e Alex Neoral (coreografia).


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