Às vésperas de lançar seu novo CD, Júpiter Maçã vem a Curitiba para uma aguardada apresentação no Motorrad Bar, no dia dia 12 de maio, sexta-feira. Acompanhado dos músicos Ray-Z (guitarra), Lucas Hanke (baixo), Eduardo Dolzan (bateria) e Talitha M. Freitas (vocais e percussão), o cantor e multiinstrumentista Flávio Basso, seu verdadeiro nome por trás do pseudônimo, toca muitas novidades, mas sem deixar de fora as músicas dos álbuns anteriores e também de sua antiga banda, Os Cascavelletes, num show que mescla todas as fases de sua carreira.
Antes do show do gaúcho, sobem ao palco duas bandas. A curitibana Dissonantes, que toca semanalmente no local, executa seu rock'n'roll anos 60 acompanhado de um teclado característico da época. De Blumenau vem a banda Stuart, devota do punk rock, influenciada diretamente por Replicantes e pelo trabalho solo do vocalista Wander Wildner.
O início da trajetória
Flávio Basso foi baixista d'Os Cascavelletes, lendária banda gaúcha do fim da década de 80 e que contava com a guitarra e os vocais de Frank Jorge, integrante da Graforréia Xilarmônica, e que também possui uma carreira solo.
Na época o grupo já fazia um rock'n'roll de raízes sessentistas com muita energia juvenil e letras desbocadas. Entre os clássicos estavam "Menstruada", "Cachorro Louco", "Homossexual", "Jéssica Rose", "Gato Preto" e "Morte Por Tesão". Chegaram até a emplacar uma canção na trilha sonora da novela "Top Model", mas com uma certa censura: ao invés do nome original "Punhetinha de Verão", a música foi rebatizada como "Nêga Bom Bom".
Por um bom tempo, Flávio não tocou músicas de sua antiga banda, até que mudou de idéia. "Os Cascavellettes foi uma experiência e um período tão marcante para mim, que durante anos recusei-me a tocar ou mesmo escutar essas composições", explica Jupiter. "Hoje, vendo com certa distância essa parte de minha história, constatando inclusive quanta gente bacana foi influenciada, caiu a ficha".
A Era Júpiter Maçã
Em 1994, quando adotou o atual nome de trabalho - uma homenagem ao planeta e à gravadora Apple, dos Beatles -, Júpiter Maçã saiu em carreira solo, inicialmente lançando duas fitas demos cultuadas (a música "Orgasmo Legal" virou hit independente nessa época), até chegar ao CD "A sétima efervescência", em 1996. O disco emplacou alguns hits, como "As Tortas e as Cucas" (com videoclipe no extinto programa Lado B da MTV), "Lugar do Caralho" (mais tarde regravada por Wander Wildner), "Miss Lexotan 6mg - Garota!" (regravada pelo Ira!), "O Novo Namorado", "Pictures and Paintings", entre outras. Neste mesmo ano, Júpiter se apresentou pela primeira vez em Curitiba em um antológico show no Circus Bar.
Anos depois, com novas pesquisas e influências, o músico puxa um banquinho e um violão, compõe em inglês, brinca com barulhinhos produzidos em estúdio, muda seu nome para Jupiter Apple e lança o disco "Plastic Soda", pela Trama em 1999. Com o CD, Jupiter recebeu o importante prêmio de melhor compositor de música popular da APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte – e foi elogiado por muita gente influente como Tom Zé, Arnaldo Baptista, Caetano Veloso, Rita Lee, Sean Lennon, Tim Gane (Stereolab) e Dean Warehan (Luna).
Em 2003 lança seu terceiro álbum, "Hisscivilization" de forma independente, mantendo a linha seguida em "Plastic Soda". Para este ano, está programado o lançamento do quarto álbum, que traz de volta as letras em português e vem sendo anunciado como a esperada seqüência da "Sétima Efervescência". Quem for ao show desta sexta-feira no Motorrad terá a oportunidade de conhecer estas novas composições, além de releituras de canções dos três registros anteriores, raridades não lançadas e covers-surpresa.
Serviço:
Júpiter Maçã
Abertura com Dissonantes e Stuart (Blumenau - SC)
Data: 12 de maio, sexta-feira
Horário: a partir das 22h
Local: Motorrad Bar
Endereço: R. Trajano Reis, 418 - São Francisco
Convites: R$15,00