A 36ª edição do Festival Internacional de Música de Londrina (FIML) traz na grade pedagógica um cardápio de cursos diversificado, de alto nível, envolvendo professores dos mais diferentes contextos de atuação, educadores que atuam nas universidades brasileiras, além de músicos e grupos que são referência na área. A ideia é propor alternativas e novos direcionamentos ao setor.
Entre os dias 7 e 21 de julho serão 54 professores, reconhecidos no Brasil e no Exterior ministrando 60 cursos, em nove módulos, distribuídos em práticas de Conjunto, Cursos de Regência, Instrumentos, Voz, Estruturação Musical, Música Popular, Cursos para Crianças, Oficina do Choro, Jazz Vocal e Música e Tecnologia. O QG do evento será o Colégio Mãe de Deus, que fica Rua Pará, em frente ao Bosque. Além do QG outros locais serão ocupados pelo festival e transformados em espaços de cursos e aulas.
O Festival tem como compromisso atender desde o nível iniciante até o especializado. Todos são aceitos mediante uma avaliação para atender aos diferentes níveis. Os alunos são organizados em classes, de acordo com o conhecimento de forma classificatória. Este é um diferencial do FIML em relação a outros festivais do país.
A formação de uma Orquestra Sinfônica Jovem com estudantes de música de projetos sociais de várias regiões do país é uma inovação implantada pelo Festival no ano passado e que retorna este ano. De acordo com Magali Kleber, diretora pedagógica do FIML, um dos objetivos deste projeto é gerar uma rede entre as orquestras participantes.
Durante 15 dias de intenso trabalho, estes jovens estarão se qualificando, compartilhando experiências e moldando um novo conceito de orquestra. Este ano cinco projetos socioeducativos culturais se juntarão formando a Orquestra Jovem: Projeto Guri (SP), Ação Social pela Música do Brasil (RJ), Orquestra Villa Lobos - Instituto Cultural São Francisco de Assis (RS), Orquestra Jovem Paquetá (RJ) e Orquestra de Cordas da Grota do Surucucu (RJ).
Cursos e Oficinas
A diretora pedagógica explica que pensando na capacitação musical continuada, o festival ampliou a oferta de cursos de formação, com um leque diversificado de propostas metodológicas, propiciando a participação ativa nas oficinas do evento, que se baseiam na ação e reflexão das atividades e fundamentos dos cursos.
Pela primeira vez está sendo ofertado o curso do professor Iramar Rodrigues, trazendo a Pedagogia Dalcroze (educador musical do final do Século 19). Dalcroze foi um dos primeiros a mostrar a importância do movimento corporal, da rítmica, da métrica da palavra, principalmente da movimentação do corpo e voz, bem como da improvisação. Para a diretora pedagógica, ele "é um teórico, um educador musical, um pedagogo muito importante para a formação dos músicos e de outros educadores, já que a metodologia desenvolvida por ele é utilizada em outras áreas, como a Educação Física e o teatro".
Destaque também para a paranaense Lia Marchi, cineasta, pesquisadora, professora e produtora que participa do Festival pela primeira vez. Desde 1998 Lia Marchi trabalha no projeto Tocadores, pesquisa continuada que registrou mais de 160 artistas populares no Brasil e em Portugal. A oficina no Festival é uma oportunidade para descobrir a riqueza e a diversidade das tradições do país e também para aprender repertórios de músicas, danças e brincadeiras populares do Brasil e de outros países.
Na linha da inclusão, o Festival oferece uma oficina de Corpo e Voz para a Melhor Idade. Tem ainda a parceria com a Escola Portátil de Música do Rio de Janeiro, grupo com grande e respeitada trajetória histórica pedagógica musical, com aulas de Choro e Instrumento.
Uma nova área pesquisada, a neurociência, vem representada por Viviane Louro, doutoranda em Neurociências pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Ela traz para Londrina um curso que aborda como se processa o conhecimento e práticas musicais relacionando o sistema nervoso, cognição, inteligência e aprendizagem.
O professor Carlos Káter, representante de uma corrente voltada à educação musical humanizadora e referência na área, oportunizará uma conversa sobre a produção no projeto "Música da Gente" e terá o DVD lançado no Festival. Káter também vai apresentar o primeiro livro didático sobre música aprovado para a sexta, sétima, oitava e nona séries do ensino fundamental.
Atrações internacionais do Festival fazem parte da grade pedagógica como professor Itamar Rodrigues (Suíça),os pianistas Piort Oczkowski, (Polônia) e Julija Botchkovskaia (Ucrânia), o violonista Santiago Garmêndia (Venezuela), o violinista Gustav Frielinghaus (Alemanha) e o regente Joseph Caballé Domenech (Espanha).
O 36º Festival Internacional de Música de Londrina tem a direção artística do pianista Marco Antonio de Almeida, direção pedagógica de Magali Kleber e direção executiva de Lilian de Almeida. É uma realização da Secretaria de Estado da Cultura - Governo do Estado do Paraná // Secretaria Municipal da Cultura - Prefeitura do Município de Londrina-Promic // Casa de Cultura - Universidade Estadual de Londrina e Associação de Amigos do FIML.
Patrocínio: BNDES; Vivo, por meio da plataforma VivoTransforma; Unopar; Petrobras (Petróleo Brasileiro S/A); Caixa; Sistema FIEP/SESI; VernieCitroen; Vanguard Home; Marajó Fiat; Unimed Londrina; Crillon Palace Hotel e Colégio Maxi. Realização: Ministério da Cultura – Lei Rouanet de incentivo a cultura.
Apoio Cultural: Ação Social Pela Música do Brasil; Projeto Amigos do Guri; Governo do Estado de São Paulo; SIMPRO; Sonkey;ABEM; Catedral Metropolitana de Londrina;Rádio Universidade/UEL FM 107,9;Londrina ConventionBureau; Café Itamaraty; Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora; Igreja Presbiteriana Central de Londrina; Iate Club Londrina; ArtisCollegium; FeComercio-Sesc; SANEPAR; Associação Médica de Londrina; Restaurante Seresta; Clínica Renascer na Serra; Café Três Corações; Centro Cultural Teatro Guaíra; Orquestra Villa Lobos- Instituto Cultural São Francisco de Assis; Orquestra Jovem Paquetá- Espaço Cultural da Grota e SupportedbyCulturePL.