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Feira do vinil atrai colecionadores

10 jun 2005 às 17:28

Numa época em que a indústria fonográfica registra considerável queda na venda de CDs e que a internet tem à disposição um infinito número de músicas para serem baixadas de graça, um disco vinil pode chegar a custar até R$ 2 mil e alavanca um mercado cada vez mais promissor.

São raridades como o disco ''Coisas'', de Moacyr Santos, lançado em pouquíssimas cópias em 1965 ou o lendário ''Brasilian Octopus'', da segunda banda que Hermeto Paschoal participou. No dia da fotografia para a capa do disco, Hermeto chegou atrasado e colocaram outra pessoa em seu lugar para ilustrar o material.


O primeiro já foi lançado em CD, o segundo ainda está restrito em vinil nas mãos de colecionadores. Mas com sorte, os dois exemplares podem ser encontrados em feiras específicas como a que acontece em Curitiba.


A feira, realizada neste sábado, dia 11 de junho, já está em sua sétima edição. Começou tímida, com apenas sete expositores, e agora já conta com quase 50 colecionadores que querem vender ou trocar raridades como as citadas acima.


O evento é promovido pelo Clube do Vinil, loja que abriu há dois anos na capital paranaense. ''A feira é um espaço para encontrar raridades e mostrar que o vinil não acabou e nem vai acabar nunca'', salienta um dos organizadores do evento e proprietário do Clube do Vinil, Jardel Simões.


Para a feira, ele leva parte do acervo de 4 mil discos da loja. Mas outros 15 mil, que fazem parte do seu acervo pessoal ele mantém em casa. ''São discos que não tem preço e que qualquer colecionador gostaria de ter'', revela. O


CD ''Coisas'' e o ''Brasilian Octopus'', por exemplo, integram o acervo de Simões, que acumula raridades há oito anos. Entre elas uma jovem edição de um disco dos Rolling Stones, lançada em 1991. ''Mas é uma edição brasileira bem difícil de encontrar'', conta.


A paixão por LPs começou ainda na infância, quando escutava em casa discos compactos que os pais mantinham em casa. A maioria dos Beatles. ''Aoz 11 anos comecei a comprar meus próprios discos e não parei mais'', lembra. Foi quando ele começou a coleção pessoal. E nem o advento dos CD o desestimulou. ''Quando os Cds começaram a estourar, eu fiquei mais feliz, por que começaram a aparecer muitos LPs por um preço bom'', brinca.


Para conservar os exemplares, ele dá a dica: ''os discos devem ser mantidos em capas plásticas. Precisam ficar na posição vertical e nunca se deve colocar peso sobre eles. Para limpar, é só passar um pano macio com água e sabão. Álcool nunca, porque danifica a superfície. Tomando todos esses cuidados, o LP vai durar para sempre. Costumo dizer que o vinil é eterno.''


A raridade, a originalidade e o bom estado de conservação determinam o preço do disco. Na Feira do Colecionador, por exemplo, é possível encontrar discos por um preço que varia entre R$ 1,00 e R$ 1 mil. Além de vinil, também é possível garimpar CDs usados, DVDs e vídeos, outra paixão dos mais saudosos e avessos às novas tecnologias.


A feira encerra suas inscrições um dia antes, na sexta-feira. Quem quiser expôr o acervo paga R$ 25,00 a banca ou R$ 40 por duas bancas. Para ver, não paga nada, mas os apaixonados por raridades devem preparar o bolso e lábia para encontrar e levar as melhores edições.


Serviço:
Feira do Colecionador

Data: 11 de junho, sábado
Horário: das 9h às 17h
local: Galeria do Comércio
Endereço: Praça Osório, 333
Entrada franca
Informações e reservas: (41) 3223-2763


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