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Dia da Mulher Negra e Caribenha

Cantora cubana abre mão da pátria para viver sonho da música no Brasil; conheça Indira Castro

Bruno Souza - Especial para o Portal Bonde
24 jul 2024 às 20:00
- Arquivo pessoal
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No Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado nesta quinta-feira (25), o Portal Bonde compartilha a história de Indira Castro, cantora, musicista e compositora cubana que partiu da sua pátria-mãe em busca da consolidação profissional no Brasil.


Castro é natural de Holguín - uma província da região oriental de Cuba. O país é famoso mundialmente por vários fatores. Entre eles, as praias caribenhas de cenários paradisíacos e, principalmente, o fato de ser gerido sob o regime socialista, o que causa diversos embargos econômicos dos Estados Unidos à população da ilha.

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A cantora relembra que a vida em Cuba, até pouco tempo, era boa e que conseguia viver do seu sonho sem qualquer problema. No entanto, as dificuldades aumentaram, tornando-se impossível permanecer em seu país.

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Sem medo de se lançar ao desconhecido, a cubana comprou as passagens da família e partiu rumo ao Brasil, terra escolhida de maneira criteriosa por ela, seus filhos e marido.

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"Escolhemos o Brasil pelas similaridades que tem [com Cuba] entre as pessoas, as línguas e a música, que eu cresci escutando. Sempre me identifiquei com o samba, bossa nova e MPB. Eu adorava Elis Regina e nem conhecia o Brasil. Essas coisas me fizeram pensar que, ao morar aqui, eu conseguiria mostrar a minha música e ser aceita, coisa que está acontecendo", apresenta.


A musicista chegou em junho de 2023 ao Brasil. Aqui, passou por uma cirurgia de urgência e ficou durante três meses acamada em Porto Alegre (RS), cidade em que escolheu para viver. O primeiro show em um palco brasileiro só ocorreu em outubro. 

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"Foi tudo muito rápido, mas estou tão feliz e grata. Todos os dias eu tenho resultados, por isso me entrego ao cantar", comemora.



Infância ligada à música

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A infância de Indira Castro foi regada à música. Influenciada por cantoras de todo o mundo - como a norte-americana Tina Turner e a brasileira Gal Costa -, a cubana revela que os seus familiares foram os maiores incentivadores. 


"Toda a minha família é ligada à área da saúde: médicos e professores de médicos, como a minha mãe. Mas todo mundo cantava e gostava de música. Então, cresci ouvindo obras de todo lugar", valoriza.

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Ela também ressalta que aprendeu a tocar os primeiros instrumentos com os familiares, além de ser instigada à arte desde pequena na escola.

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"Eu sempre cantei. Meu pai e meu irmão me ensinaram a tocar violão e eu cantava muito na escola. Em Cuba, todos os dias são feitas atividades nas escolas e as crianças cantam. Eu adorava."


Repleta de dons, Indira Castro, além de cantar e tocar instrumentos, também compõe músicas desde a pré-adolescência. "Comecei a compor com 11 anos. Tomei a música como uma coisa mais intimista, o que me permitia expressar o conceito que eu tinha das coisas que aconteciam na minha vida quando eu era criança", relembra.

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Predestinada


A cubana tinha tudo para seguir a carreira da família. Ela, inclusive, iniciou o curso de Medicina, mas a sua predestinação à música falou mais alto. 


"Eu estudei medicina, mas não me formei. Cheguei até o quarto ano e depois comecei a trabalhar com música. Fiz muitos shows e tenho 14 anos como cantora profissional", relata.


"[Para ser profissional] em Cuba tem que passar por um teste para ter um aval [licença]. Trabalhei muito nos hotéis de turismo para estrangeiros. Também participei de concursos nacionais. Mas, no final, foi muito difícil [continuar no país], porque a situação mudou e se tornou mais complicado sobreviver com qualquer trabalho, não só com a música", lamenta.



Emoções


Indira Castro, no seu mais recente EP intitulado "Eso Que Nunca Pasará" - lançado em novembro de 2022 -, conta uma história coesa, lamentando a dor que a despedida traz aos amantes nas faixas "Bríos", "Coctel de la Despedida", "En Adiós", "La Que Canta", "La Historia de Los Dos" e "Obra Teatral".


A cantora confirma que o foco das suas canções são os relacionamentos. "As músicas que eu componho são melancólicas, centradas em emoções íntimas do ser humano. Tento me expressar do meu jeito, por meio das vivências que tenho na minha vida e também para representar as pessoas que não tem voz."


O EP pode ser ouvido nas principais plataformas de música.



Apresentação na TV


A cantora cubana foi uma dos 80 artistas escolhidos para fazer parte do maior Talent Show em exibição na TV brasileira, o Canta Comigo da Record. Ela se apresentou no oitavo episódio da competição, levantando 84 dos 100 jurados. Confira o momento:



A cantora não conseguiu se classificar, mas foi uma das dez escolhidas pelos jurados do programa para ter uma nova oportunidade na repescagem. Ela encantou os jurados ao som de "Hot Stuff" de Donna Summer e fez 96 pontos, mas, ainda assim, não se classificou para a semifinal. 


A cubana afirma que o talent show da Record já era conhecido em seu país de origem e que foi a realização de um sonho participar dele. 


"Eu conhecia desde que morava em Cuba. O produtor me disse que estavam abertas as inscrições. Mandei os meus dados, a minha música - cantando à capela - e eles me aprovaram e continuaram os testes on-line até que me aprovaram em definitivo", diz, explicando como foi o processo até chegar às apresentações.


Segundo ela, mais de 3 mil pessoas de todo o Brasil se inscreveram para o programa, mas somente 80 foram selecionados.


"Foi um presente que o Brasil me deu. Além do resultado, o principal foi conseguir me identificar com todas essas pessoas, que também estão trabalhando por um sonho. Todos eles são grandes cantores, mas não são tão conhecidos. O Canta Comigo mostra para o mundo, e fico muito grata por essa oportunidade."


Confira a apresentação da cantora na repescagem:

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