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Laboratório de Cerâmica utiliza fornos de massa refratária na queima de peças de argila

Agência UEL
21 dez 2022 às 16:17

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- Vitor Struck/UEL
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Depois de ter sido procurada por professores de Arte da Educação Básica de Londrina, uma docente do Departamento de Artes Visuais da UEL, do Centro de Educação, Comunicação e Artes (Ceca), decidiu apostar em um projeto de extensão que pesquisa e desenvolve fornos cerâmicos não convencionais. 


O objetivo foi dar autonomia aos professores de Arte nas aulas de cerâmica, uma vez que as escolas não possuem fornos para a queima das obras de argila produzidas pelos alunos. Ao mesmo tempo, por se tratar de um forno portátil e com baixo custo de produção, a ideia vem agradando ceramistas e o público interessado na arte de transformar o barro em belos objetos de decoração.

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Na UEL, as atividades são desenvolvidas no Laboratório de Expressão Tridimensional – Cerâmica, no Ceca. Os fornos de massa refratária são construídos dentro de latas de tinta, o que confere ao equipamento praticidade para ser transportado. A professora responsável pelo projeto é Tânia Cristina Rumi Sugeta, que é ex-aluna do curso de Artes Visuais da UEL e trabalha com cerâmica e esculturas com os estudantes.

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“Começamos a pesquisar outros tipos de queima, como usando gás ou eletricidade e, ainda, em buracos. Mas a queima elétrica não é viável para as escolas por conta de energia, e usar lenha é um pouco perigoso para a escola porque a queima é longa, leva seis, oito ou até dez horas”, explica. 


Foi em meio a este questionamento que a professora se recordou do trabalho desenvolvido pela ceramista porto-alegrense Luciana Firpo, que a ensinou a construir seu primeiro forno de latão. 


De acordo com a docente da UEL, utiliza-se uma massa refratária resultante da mistura do Caulim, argila em pó, pó de serra e o chamote, que é a argila já queimada. Após a mistura adquirir consistência, é necessário realizar uma primeira queima, com carvão. “Para conservar o calor, essa massa precisa ser porosa. A ignição é uma vela e a temperatura atinge 850º, que é a temperatura necessária para queimar a argila e transformar em cerâmica”, explica.


Conforme a professora, estudantes do departamento, egressos e ceramistas de Londrina tiveram a oportunidade de desenvolver os fornos em oficinas realizadas no mês de outubro, no Laboratório. Em 2023, outras oficinas deverão ser realizadas.

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