Após discussão com o ator Ícaro Silva, 34, por meio de publicações nas redes sociais, o ex-apresentador do BBB Tiago Leifert, 41, foi alvo de comentários racistas que associavam seu comportamento com o fato de ser judeu.
"Por grana o Tiago Leifert (judeu) ama até carne de porco", escreveu um usuário do Twitter. "Leifert lacrando como um bom judeu. Cara, como eu tenho nojo dessa raça imunda", tuitou outro.
Um perfil ganhou bastante destaque ao publicar: "Sobre a polêmica com Tiago Leifert: judeu, né? (desculpem-me os judeus legais que eu conheço. Isso não é com vocês)." Tanto o tuíte como o perfil foram excluídos pela usuária depois da repercussão ruim.
Alguns internautas se posicionaram contra os comentários. "Eu nem sabia que o Tiago Leifert é judeu, mas tem gente que faz questão de saber só para ser antissemita", escreveu um perfil. "Discordar e criticar o Tiago Leifert é normal e saudável. Atacá-lo por ser judeu não é. Parem de normalizar antissemitismo, por favor", disse outro usuário.
O conflito entre o ator e o apresentador começou após Ícaro Silva publicar, na segunda (20), que considerava o Big Brother Brasil um programa de "entretenimento medíocre" e que não iria participar da próxima edição.
Em resposta ao ator, Leifert afirmou que Silva estava sendo arrogante e criticando um programa que, supostamente, pagava seu salário. "Aliás, não só não te fizemos mal como provavelmente pagamos o seu salário nessa última aê!", escreveu o ex-apresentador do BBB.
Muitos artistas criticaram o posicionamento de Leifert e prestaram seu apoio a Ícaro. Diante disso, o apresentador parou de seguir ex-BBBs que concordaram com o ator na discussão.
O jornalista tem ascendência judaica por parte do pai, o advogado Gilberto Leifert. Ele já falou sobre suas origens judaicas em diversas entrevistas e, inclusive, trouxe elementos da tradição em seu casamento com Daiana Garbin, em 2012.
Em nota, a Conib (Confederação Israelita do Brasil) prestou sua solidariedade ao jornalista "vítima de ataques racistas por sua origem judaica. O racismo é um mal que, deixado impune, causa não só sofrimento às suas vítimas, como provoca injustiças e conflitos. A Conib tomará as medidas cabíveis para que o racismo seja sempre punido no Brasil, como determina a nossa Constituição."
Até a publicação deste texto, o apresentador não se manifestou sobre os ataques.