O médico Thales Bretas, viúvo do ator Paulo Gustavo, deu entrevista ao Fantástico deste domingo (9), onde falou de sua vida ao lado do humorista. Paulo Gustavo morreu na terça-feira (4), aos 42 anos, em decorrência de complicações da Covid.
"A ficha está caindo aos poucos. Ele vai ser para sempre o amor da minha vida", disse. Ainda para Bretas, Paulo foi uma das pessoas mais íntegras e generosas que conheceu em toda sua vida.
Durante a entrevista, o médico de Belo Horizonte também falou sobre como conheceu e se casou com o humorista. Perguntado se tinham noção de que o casamento dos dois iria se tornar um símbolo de representatividade, de luta contra o preconceito, Thales Bretas confirmou que imaginava isso.
"Belo Horizonte eu sofria muito. Tinha a necessidade de mostrar isso, que a gente pode ser aceito e ser amado como a gente é se a gente se impuser. E, naquele momento, eu imaginei que era um passo muito importante, porque o casamento gay tinha pouco tempo no Brasil", pontuou. Os filhos do casal ainda estão absorvendo toda a situação que aconteceu nos últimos dias, segundo Bretas. "Eles sempre pedem para ver papai Paulo. Durante um tempo no hospital, eu falava 'papai tatá vai no hospital porque papai Paulo tá dodói'. Tento explicar, quando consigo, que o papai Paulo não tá mais dodói e virou uma estrelinha que está olhando lá de cima pra gente, explicou.
Bretas ainda falou que Paulo manteve o bom humor enquanto esteve internado, sempre brincando quando precisava passar por algum procedimento ou quando falava com ele. "Elle falava 'Não vai levar ninguém lá para causa, Thales!'", falou o médico.
No início do Fantástico, a mãe do humorista também deu uma entrevista, onde falou sobre como como foi ter Paulo como filho e a sua perda. "Eu quero agradecer o povo brasileiro todo esse apoio que eles me deram, de oração o tempo todo. Eu não sabia o tamanho que meu filho representava. Ele passou que nem um cometa pela vida", falou Déa Lúcia.
Ela ainda mostrou força diante da morte do filho, apesar das circunstâncias. "A morte é uma coisa certa na vida da gente. A gente só espera que uma mãe vá na frente, porque é muito duro", lamentou.