O ator americano Mark Ruffalo - famoso por interpretar o personagem Hulk no cinema - criticou o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por acusar, sem apresentar provas, o ator americano Leonardo DiCaprio de financiar ONGs (organizações não governamentais) responsáveis por "tacar fogo" na Amazônia.
"Bolsonaro e sua turma estão transformando em bode expiatório as pessoas que protegem a Amazônia das queimadas que ele mesmo permitiu que acontecessem", escreveu Ruffalo em sua conta no Twitter na noite de domingo (1º). Pergunte a si mesmo: o que mudou recentemente no Brasil para que isso aconteça agora? Bolsonaro e suas políticas (não) ambientais."
Sem apresentar provas, Bolsonaro havia ligado o ator às queimadas na floresta durante transmissão nas redes sociais na quinta-feira passada, dia 28. "Tira foto, manda para ONG, a ONG divulga, entra em contato com o Leonardo DiCaprio e ele doa US$ 500 mil (cerca de R$ 2,1 milhões) para essa ONG. Leonardo DiCaprio, você está colaborando com as queimadas na Amazônia", afirmou.
Leia mais:
Kim Kardashian diz que cria os quatro filhos sozinha
Liam Payne recebeu ultimato da namorada dias antes de morrer
Viih Tube diz que teve complicações no parto do segundo filho
Fernanda Montenegro conquista recorde do Guinness com leitura de Simone de Beauvoir
O presidente reafirmou as acusações na sexta-feira, 29, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto. "Agora, Leonardo DiCaprio é um cara legal, né? Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia", declarou o presidente em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. Bolsonaro também ironizou suspeitas sobre envolvimento de ONGs em incêndios na região.
No sábado (30), o ator se pronunciou sobre a acusação e negou o financiamento da WWF, mas elogiou a organização.
"Embora dignos de apoio, não financiamos as organizações atacadas", disse DiCaprio. Ele também elogiou "o povo do Brasil, que trabalha para salvar sua herança natural e cultural".
A acusação de Bolsonaro ao astro de Hollywood repercutiu na imprensa internacional. O jornal britânico The Guardian descreveu a acusação como "espúria" e "falsa". Já o jornal argentino Clarín e a agência de notícias americana Associated Press também destacaram o fato de Bolsonaro ter feito a acusação sem apresentar provas.