Técnico do Flamengo desde abril, Jorge Sampaoli entrou com duas ações na Justiça contra o ex-jogador e apresentador Neto, da Band, e contra a emissora paulista. Em uma, na área cível, o argentino pede R$ 500 mil por dano moral.
Em outra, na esfera criminal, Sampaoli exige que o ídolo do Corinthians seja condenado a se retratar ao vivo por acusá-lo de ter sido racista durante a sua passagem pelo Santos, em 2019. Os dois casos correm no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), e ainda não têm data para serem julgados. Sampaoli deu entrada nos processos, aos quais a Folha de S.Paulo, na semana passada.
Leia mais:
Farofa da Gkay é cancelada por questões logísticas
Velório de Liam Payne foi marcado por tensão no reencontro do One Direction
Anitta reage após especulações de gravidez
Juliette rebate críticas após declarar que não vai mais se relacionar com homem feio
Na parte cível, Sampaoli alega que Neto e a Band feriram sua honra. No programa Os Donos da Bola de 18 de abril, Neto disse que o ex-jogador Serginho Chulapa lhe confidenciou em entrevista que Sebastião Martins Oliveira Júnior, mais conhecido como Arzul, atual preparador de goleiros do Santos, foi maltratado pelo técnico. Neto, assim, teria dado a entender que houve racismo por parte de Sampaoli.
Ele [Jorge Sampaoli] foi racista no Santos, nunca cumprimentou ninguém, nunca falou português: 'Por favor, não, senhor, me desculpe...'. Esse baixinho, idiota. Isso aí é uma vergonha, pinto pequeno, não sabe nada de bola. É uma vergonha o Flamengo contratar um cara desse", disse.
No mesmo dia, no Baita Amigos!, que Neto comanda no canal pago BandSports, ele foi mais fundo nas acusações: "Um cara que trata mal o Arzul, que é negro. E que é igual a mim, que é igual a você e que é um ser humano incrível. Esse cara, o Jorge Sampaoli, fazia o Arzul ficar fora do vestiário. Ele fez muitas pessoas contratadas antes dele perderem o emprego. Esse cara é nojento. Nunca tratou bem ninguém".
Para o site ge, Arzul negou que Sampaoli tenha sido racista com ele: "Não houve nada. Não aconteceu nada de racismo. Não houve nada de comportamento. Eu acredito que aconteceu foi uma informação mal interpretada, um mal entendimento. A informação chegou ao Neto diferente. Eu falei com o Neto. Eu quero que os dois se deem bem, eu gosto dos dois".
O advogado Raphael Fisori, que representa Sampaoli, afirmou à Folha de S.Paulo que usou o valor dos intervalos da Band como parâmetro para pedir o valor da indenização. "É mais ou menos esse o valor que a Band compra por um intervalo comercial de 30 segundos. Esse é o mínimo que pedimos, queremos que a condenação seja bem maior, porque as provas são claras", disse a reportagem.
Além do caso cível, Sampaoli entrou com queixa-crime contra Neto por calúnia, injúria e difamação. A Justiça aceitou o pedido e notificou a Polícia para saber se existe um inquérito policial para investigar o caso. "Na parte da queixa-crime, em vez de pedir dinheiro, eu peço uma condenação para que eles se pronunciem no ar sobre o que falaram", explicou Fisori.
Procurado, Neto não se pronunciou até a última atualização desta reportagem.