A atriz Isis Valverde, 34, contou no Conversa com Bial (Globo), na madrugada desta quinta-feira (29), que viveu um período de tristeza profunda após o nascimento do filho, Rael, 2, por causa da depressão pós-parto. "Eu chorava à toa. Tive vontade de sumir, de ir embora, tive umas vontades muito loucas", disse.
Ela fez terapia para melhorar e acha importante falar sobre o assunto. Na opinião da artista, muitas mães não tocam nesse tema porque sentem vergonha e querem ser socialmente aceitas.
A atriz contou também que precisa controlar as culpas em relação ao filho. "A culpa nasce com o filho, é como se virasse uma sombra", disse.
Rael, filho dela com o empresário André Resende, é uma criança falante e que gosta de ouvir a mãe ler e cantar para ele.
Na entrevista, Isis lembrou a perda do pai, Rubens Valverde, que morreu aos 65 anos em janeiro de 2020 após sofrer um infarto durante uma trilha de moto em Minas Gerais.
A atriz reviu cenas em que contracena com o cantor Roberto Carlos em um programa especial da Globo e lembrou que o artista era o ídolo do pai. "Meu pai era doente pelo Roberto, era Deus no céu e Roberto na terra", disse. No dia da gravação, Rubens estava na plateia e teve a chance de conhecer Roberto. "Você realizou o meu sonho", afirmou para a filha.
Quando o pai morreu, ela teve vontade de ficar trancada em um quarto, mas diz ter escolhido não ser soterrada pela dor e reagiu.
O jornalista Pedro Bial lembrou os 15 anos de carreira da atriz mostrando cenas de novelas e minisséries, entre elas as duas produções em que ela fez o papel de sereia.
Na minissérie "O Canto da Sereia", gravada na Bahia, a atriz interpretou uma cantora de axé assassinada em pleno Carnaval. Isis contou que morou na casa da cantora Ivete Sangalo para aprender a dominar o trio elétrico. "Ela mostrou tudo".
Já a sereia Ritinha da novela "A Força do Querer" deu mais trabalho. Isis mergulhou ao lado de um tubarão de três metros e sofreu ferimentos no dedo ao ser mordida por um peixe.
"Foi tudo dentro da segurança, mas você tem que ter coragem", afirmou sobre as gravações.
Sobre seu mais recente trabalho, a enfermeira Betina em "Amor de Mãe", a atriz contou que foram intensas as gravações em um hospital cenográfico em plena pandemia da Covid-19. Segundo Isis, um tio-avô precisou ir para o respirador no mesmo dia em que ela encenou o socorro a um paciente com parada cardíaca.
"Esse dia, vou te falar. Não sei se era a Betina, se era a Isis, que mistura era aquela. Chorei todas as dores de 2020 e 2021", resumiu.