Guilherme Gandra Moura, 8, o menino que comoveu a internet ao reencontrar a mãe após 16 dias em coma, teve alta hospitalar nesta terça-feira (27) e voltou para casa, em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Cheio de presentes, ele foi escoltado por policiais rodoviários federais no trajeto entre o hospital na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e o residencial onde mora com a família.
Leia mais:
Astro coreano Jinyoung anuncia visita ao Brasil em 2025
Defesa de Diddy acusa governo dos Estados Unidos de o estar espionando
Xuxa anuncia álbum especial de Natal com 'raridades'
Variety inclui Fernanda Torres em lista de apostas para o Globo de Ouro
Vascaíno fanático, o menino também é fã da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e saiu do hospital usando um boné da corporação e "dirigindo" uma motoca, como se também fosse um policial. Entre os presentes, ele ganhou um talão de multa, miniaturas de carros policiais e uma caneca.
Guilherme tem uma doença rara, a epidermólise bolhosa distrófica, e ficou famoso por causa do reencontro emocionado com a mãe, Tayane Gandra, ao despertar da sedação. Ao todo, ele ficou internado para tratamento hospitalar durante 23 dias.
Registrado pelo pai, o vídeo do reencontro entre Guilherme e Tayane viralizou nas redes sociais. Entre lágrimas, os dois trocaram um longo abraço.
Nos últimos dias, o menino recebeu as visitas de jogadores do Vasco e de Rodrigo Dinamite, filho do ídolo Roberto Dinamite. Ganhou camisa autografada, bateu bola e recebeu o convite para entrar com o time em campo assim que for autorizado pelos médicos.
Na segunda (26), os jogadores Gabriel Pec e Figueiredo, que visitaram Guilherme no hospital, dedicaram a ele a vitória do Vasco sobre o Cuiabá.
"Aí, Gui, prometi a vitória. Infelizmente não fiz o gol, mas a vitória está de bom tamanho. Estamos juntos, meu amigão. Saudades", disse Pec, ídolo da criança. "Essa vitória é para você", afirmou Figueiredo.
DOENÇA RARA
A epidermólise bolhosa é caracterizada pela alteração da proteína responsável pela ligação das camadas da pele, o que provoca bolhas e feridas que podem ser graves. Pacientes como Guilherme são mais sensíveis a lesões na superfície e também nas partes internas, como vias aéreas e mucosas.
Além disso, o processo de cicatrização constante utiliza grande quantidade de proteínas, o que dificulta o crescimento da criança. Guilherme já passou por 23 internações e oito cirurgias desde o nascimento. Ele já nasceu com lesões nas partes do corpo que encostaram no útero da mãe.
"Fiquei com muito medo dele não voltar", disse Tayane em entrevista ao Fantástico, no domingo (25), sobre a última internação do filho. "Foi o momento em que fraquejei. Não que não acreditasse em Deus. Mas aquele momento poderia ser o que Deus iria levá-lo".
Nesta terça, ela comemorou a alta e ficou emocionada com as homenagens ao filho. Na saída do hospital, Guilherme foi aplaudido por profissionais de saúde, pacientes que estavam no local e por policiais rodoviários federais.