Celebridades

Felipe Neto vai processar pesquisadora que o chamou de 'macaco'

13 jan 2021 às 09:13

O empresário e influenciador digital Felipe Neto, 32, anunciou que vai entrar com um processo contra a pesquisadora do Instituto Butantan Maria Carla Petrellis. Ela o chamou de "macaco" em uma resposta a ele no Twitter. Ainda o chamou de "criminoso" e disse que ele irá "morrer pela boca".


"Infelizmente, essa mulher é pesquisadora do Butantan. Bolsonarista fanática, ela tem por hábito chamar opositores de "macacos". Fez o mesmo com Caetano Veloso e foi processada, agora será processada pela minha equipe. Que nojo", escreveu Neto na mesma rede social.


A assessoria de imprensa do influenciador reforçou esse posicionamento. "A equipe jurídica do comunicador digital tomou conhecimento das postagens nesta terça-feira (12) e reitera que tomará as medidas judiciais necessárias e cabíveis. É inaceitável que este tipo de conteúdo ainda seja propagado. A internet não é terra sem lei e há de se ter compromisso e responsabilidade com aquilo que se fala", diz


Até a publicação deste texto, Petrellis não havia se defendido ou comentado nada a respeito das ofensas e sobre o iminente processo judicial movido por Neto. A reportagem também a procurou, mas não obteve retorno.


Na última segunda-feira (11), Caetano Veloso, 78, entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por danos morais contra a farmacêutica Maria Carla Petrellis. Em 2018, ela usou o Twitter para chamar o cantor e compositor também de "macaco".


O tuíte da ré é uma reposta a uma publicação da revista Fórum sobre a condenação do blogueiro Flavio Morgenstern, que na época havia sido condenado a pagar R$ 120 mil de indenização a Caetano pelo uso de uma hashtag.


Para "embasar" a crítica, Petrellis acrescentou um print de reportagem da Folha na qual Paula Lavigne, 51, confirmava ter ficado aos 13 anos com Caetano, na época com 40 anos. Os dois ficaram casados entre 1986 e 2004. Em 2016, eles se reconciliaram (embora a relação sempre tenha sido amigável).


Uma decisão de antecipação de tutela concedida pelo juiz Luiz Antonio Valiera do Nascimento, da 39ª Vara Cível do Rio, determinou que a publicação seja excluída imediatamente sob pena de multa diária de R$ 1.500.


No texto, o juiz afirma que a probabilidade de que Caetano tenha direito à indenização por danos morais é "evidente e inquestionável", já que a publicação é ofensiva e preconceituosa, além de atribuir ao autor um fato definido como crime. A decisão é de 9 de dezembro e o prazo para cumprimento da pena era de 24 horas a partir do recebimento da intimação.


Mesmo assim, ainda era possível ver o tuíte de forma pública na página de Petrellis nesta segunda-feira (11). Além disso, ela voltou a usar os mesmos termos em outras publicações feitas em 2019, desta vez com o youtuber Felipe Neto, 32, como alvo.


De acordo com seu currículo lattes, Petrellis é farmacêutica industrial formada pela Universidade São Francisco, com mestrado em farmacologia pela Unicamp e doutorado na mesma área pela USP. Desde 2019, ela desenvolve uma pesquisa de pós-doutorado no Instituto Butantan, em São Paulo, com bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

No Repositório do Instituto Butantan, destinado a reunir a produção científica da instituição, é possível encontrar um artigo que ela assina com colegas. O tema é o efeito da terapia celular com células-tronco mesenquimais (encontradas principalmente na medula óssea) no melanoma murino B16-F10 (uma linhagem altamente agressiva e que possui grande capacidade de gerar metástase pulmonar).


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