O grupo musical sul-coreano BTS se pronunciou, nesta terça-feira (30), contra os ataques e racismo a asiáticos que vem acontecendo durante a pandemia, nos Estados Unidos. Em carta aberta, um dos maiores fenômenos da música atual afirmou: "Todos nós temos o direito de ser respeitados".
"Enviamos nossas mais profundas condolências àqueles que perderam seus entes queridos. Sentimos tristeza e raiva", começa o comunicado, que foi escrito em coreano e inglês. "Relembramos os momentos em que enfrentamos discriminação por sermos asiáticos".
"Suportamos xingamentos sem motivo e fomos ridicularizados por nossa aparência. Fomos questionados até mesmo sobre o porquê de asiáticos falarem em inglês", continuou. "Essas experiências foram suficientes para nos fazer sentir impotentes e acabar com a nossa autoestima".
Leia mais:
Caetano Veloso erra questão de Enem que cita música 'Sampa'
Viih Tube é internada às pressas na UTI três dias após o parto do segundo filho, Ravi
Kim Kardashian diz que cria os quatro filhos sozinha
Liam Payne recebeu ultimato da namorada dias antes de morrer
O grupo afirma que os membros pensaram e refletiram antes de se posicionarem sobre o assunto. Recentemente, outras celebridades de origem e descendência asiática também se pronunciaram. A atriz canadense Sandra Oh, 49, fez um discurso no protesto Stop Asian Hate.
"Estou muito feliz e orgulhosa por estar aqui com vocês. Obrigada a todos os organizadores por organizarem isso apenas para nos dar a oportunidade de estarmos juntos e estarmos juntos e nos sentirmos uns aos outros", disse a artista.
O protesto ocorreu em 20 de março, em decorrência de um tiroteio que ocorreu dia 16 de março, em Atlanta, nos Estados Unidos. O crime ocorreu em um local próximo a spas de massagem, deixou oito mortes, sendo seis mulheres de origem asiática. Um homem branco confessou o crime.
Outras celebridades como o DJ Steve Aoki, Daniel Dae Kim utilizaram a hashtag #StopAsianHate como forma de protesto. O ator Steven Yeun, que esteve "Minari" (2020) e o diretor Simon Liu, que teve trabalhos como "SIgnal 8" (2019) também falaram sobre a divulgação da violência anti-asiática.
"O que está acontecendo agora não pode ser dissociado de nossa identidade como asiáticos. Levou um tempo considerável para discutirmos isso com cuidado e refletirmos profundamente sobre como deveríamos expressar nossa mensagem", continuou o comunicado do grupo de K-pop.
"Mas o que a nossa voz quer transmitir é claro: Nós somos contra a discriminação. Nós condenamos a violência", afirma. "Estaremos juntos". Recentemente, o BTS foi reconhecido como maior artista global de 2020 pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica).
A homenagem anual reconhece a popularidade mundial de um artista ou grupo em streaming e vendas, incluindo vinil, downloads e CDs. O grupo ficou a frente de nomes como Ariana Grande e Justin Bieber, e fez história ao se tornar o primeiro grupo asiático a conquistar a primeira colocação.