Desde que estreou na quarta-feira (6) na Netflix, a versão brasileira do Casamento às Cegas tem deixado o público atônito com a entrega dos participantes. Afinal, não é todo mundo que se disporia a noivar com alguém que nunca viu em um reality show.
À frente da atração, Camila Queiroz, 28, e Klebber Toledo, 35, não precisam se preocupar com essa situação, uma vez que já são casados um com o outro na vida real. Mas será que, se esse não fosse o caso, eles topariam algo remotamente parecido?
"A gente conversou bastante sobre isso, né amor? Já nos perguntamos várias vezes se toparíamos participar", revela Camila à reportagem "Eu acho que depende muito do momento de vida em que você está", complementa Klebber.
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"Eu, por exemplo, hoje não consigo pensar nisso, mas não descartaria essa oportunidade se o cenário fosse outro", garante o apresentador. "Nossa experiência como apresentadores nos ensinou e nos mostrou que é um experimento válido e que dá certo!"
Camila concorda com o marido e acrescenta que a imagem nunca foi a primeira coisa que eles procuraram em um parceiro, mesmo eles sendo um dos casais mais bonitos do showbiz brasileiro. "A gente sempre foi muito romântico e sempre acreditou que o amor é cego", diz. "Agora, acreditamos nisso sem sombra de dúvida (risos)."
"Eu acho difícil a gente conseguir se desvencilhar dessa questão da imagem, mas existe tanto mais pra conhecer no outro, sabe?", avalia. "O Casamento às Cegas: Brasil me ajudou a relembrar isso e foi muito bonito ver aqueles participantes dispostos e deixar isso de lado em busca do amor."
Klebber vai na mesma linha. "Eu acho que o que eu mais aprendi com o reality é o quanto a gente esquece, às vezes, que a conexão com o outro vai tão mais além do 'ver', sabe?", comenta. "Ali, a gente testemunhou que o amor é realmente cego. Eu espero que o público, assim como nós, perceba isso e comece a deixar um pouco de lado a aparência como ponto inicial de uma relação."
Os dois, aliás, dizem que ficaram muito envolvidos com as histórias dos participantes. E, assim como o público, curiosos para descobrir quem ia ficar com quem, e como os relacionamentos iriam evoluir.
"A gente tinha um grupo de WhatsApp com o pessoal da produção e ficava o dia inteiro pedindo para saber o que estava acontecendo, quem estava flertando com quem, se alguém tinha discutido ou coisas do tipo nos momentos em que a gente não estava no set", revela o apresentador. "Foi impossível não se envolver com as histórias e torcer por todos: a gente se tornou padrinhos deles!"
A partir desta quarta-feira (13), a Netflix libera mais quatro episódios, restando apenas os desfechos de cada noivado, ou seja, se os participantes resolveram se casar de fato no programa. "O momento do 'sim ou não' no casamento com certeza foi o que nos deixou mais ansiosos", comenta Klebber.
"A gente queria que tudo desse certo para todos, mesmo que isso possa significar escolher não se casar", avalia. "O importante é os dois terem essa experiência como algo positivo em suas vidas e o carinho que conseguiram criar entre eles."
Conhecidos do grande público como atores, os dois comentam que a repercussão tem sido diferente de quando estão em projetos de dramaturgia. "Acho que a maior diferença na nossa função de apresentadores é o público que acaba sentindo, vendo a gente ali como um casal e não como personagens de uma história de ficção", diz Camila.
"Acho que estar ali como apresentadores nos aproxima ainda mais dos nossos fãs", concorda Klebber. "É algo novo para todo mundo (risos)."
Camila diz que tem sido curioso se ver na tela como ela própria. "Isso foi algo que nos guiou bastante nas gravações: ali a gente não estava interpretando personagens, éramos um casal de verdade que ajudava aqueles participantes a embarcarem na experiência em busca do amor", conta.
"Foi também por isso que fomos escolhidos como apresentadores, justamente para termos essa verdade e essa relação de carinho um com o outro -afinal, a experiência que vemos ali é 100% real", afirma. "A entrega dos participantes é real. Com a gente não poderia ser diferente."
Ela também comenta a diferença de estar em uma plataforma que disponibiliza o programa para boa parte do mundo, ao mesmo tempo. "É uma exposição brutal, uma loucura pensar que pessoas de todos os cantos do mundo podem nos assistir na série, né?", comenta. "E também os brasileiros que moram fora do país, para matar um pouquinho da saudade que sentem daqui. É uma conexão muito legal!"
O casal diz estar aberto a convites, mas com os pés no chão quanto a convites para produções internacionais. "Mesmo sendo um projeto 100% nacional, a gente acaba chegando ao mundo todo, né?", avalia Camila. "São mais de 190 países que vão poder acompanhar o reality, então acho que isso já nos dá uma sensação boa dessa 'internacionalização' do nosso trabalho."
"Eu estava em Paris mês passado, por exemplo, gravando 'De Volta aos 15' -então eu acho que a gente meio que já está dando esse passo com a ajuda do streaming, principalmente", afirma. "Com certeza, [se pintar] a oportunidade de estar em algo lá fora, eu faria com o maior prazer, mas no momento já tem tanta coisa incrível rolando por aqui que nem dá tempo de pensar muito nisso."
Klebber tem opinião parecida. "Eu acho que é isso mesmo: estar em uma produção da Netflix já leva a gente pro mundo inteiro", diz. "Isso é incrível, ainda mais por estarmos levando um produto nacional, com histórias autênticas brasileiras, tudo produzido todo por aqui. Isso dá muito orgulho."