Com mais de 50 anos dedicados à pintura, o mineiro de Juiz de Fora Carlos Bracher (1940) "atravessou com bravura os anos adversos" em que a pintura caiu em desprestígio, como explica o amigo e curador da mostra Olívio Tavares. Sem nunca ter aderido a nenhum movimento vanguardista, com propostas de utilização de novas técnicas, suportes e mídias, Bracher permaneceu fiel ao uso de telas, tintas, pincéis e cores. O Museu Oscar Niemeyer abre neste sábado (12), às 11h, a exposição Carlos Bracher – Um Resistente da Pintura. Das 10h às 12h, a bilheteria estará franqueada ao público.
As 79 obras em exibição retratam o universo da pintura de Bracher, com o patrocínio do BRDE e Sanepar e o apoio do Ministério da Cultura, do Governo do Paraná e da Caixa Econômica Federal. Inspirado em Van Gogh, por quem tem grande admiração, o artista mineiro produziu uma série de 100 obras em homenagem à passagem do centenário da morte do gênio holandês.
"Dos anos 1960 em diante, as novas linguagens da vanguarda, a partir da arte conceitual – que propôs abolir o objeto –, e, logo, com as instalações, performances, happenings, videoarte etc, decretaram que a pintura estava superada. Indiferente ao desprestígio dos pintores, especialmente nos anos 1970 e com maior força na Europa e nos Estados Unidos, o artista continuou a pintar.
'Serviço':
Exposição: 'Carlos Bracher -Um Resistente da Pintura'
Visitação: 12 de junho a 29 de agosto
Local: Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999)
Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h
Entrada: R$ 4 inteira e R$ 2 estudantes, com carteirinha
Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês