O caminho afetivo impregnado na obra de Tarsila do Amaral (1886-1973) é o foco central da exposição a ser aberta na sexta (4), no Museu Oscar Niemeyer. A partir da descoberta do Diário de Viagem - da década de 1920 -, com desenhos e impressões das viagens que a artista fez pelo Brasil e pelo exterior – o curador Antonio Carlos Abdalla traçou o percurso da mostra e definiu a seleção a ser apresentada em Curitiba.
A obra de maior destaque é "Antropofagia", produzida em 1929. "Procissão", de 1954, a segunda versão de "A Negra", iniciada em 1940, e o "Estudo para A Negra", em nanquim sobre papel, são outras importantes surpresas da mostra.
Entre as obras há também as duas gravuras em metal de "Abapuru" e "Antropofagia", ambas sem data, mas que, segundo Abdalla, seriam posteriores às duas famosas pinturas de Tarsila. São 57 trabalhos em exibição, entre desenhos, pinturas e gravuras em metal provenientes de acervos de museus de São Paulo e Bahia e de coleções particulares de São Paulo e Rio.
Tarsila é uma figura emblemática para a compreensão do Modernismo no Brasil e de tudo o que se seguiu a ele. Formando o chamado "Grupo dos 5", ao lado de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti e Menotti del Picchia, a artista tem seu nome registrado na história da arte brasileira como a vanguardista.
A partir do final dos anos 1920, envolvendo-se de forma direta nos movimentos Pau-Brasil e Antropofágico, "ajuda a dar um contorno único e especial à cena cultural brasileira", afirma o curador.
Serviço
Exposição "Percurso Afetivo Tarsila"
Quando: 4 de julho a 5 de outubro
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h
Local: Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999 - Centro Cívico)
Ingressos: R$ 4 adultos e R$ 2 estudantes (não pagam crianças de até 12 anos, maiores de 60 anos e grupos agendados de estudantes de escolas públicas, do ensino médio e fundamental)
Telefone: (41) 3350-4400