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Semelhança em 92,6%

'Parente' do Sars-CoV-2 é achado em morcegos no Camboja

Phillippe Watanabe - Folhapress
10 nov 2021 às 08:55
- Pixabay
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 Mais um "parente" do Sars-CoV-2, o vírus causador da Covid, foi encontrado no Sudeste Asiático. O mais novo achado, com semelhança em 92,6% do genoma, na verdade não é tão novo assim.


As análises foram feitas em material coletado, em 2010, de dois morcegos-ferradura Rhinolophus shameli no Camboja.

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Apesar do percentual de semelhança elevado entre os coronavírus, há uma diferença na parte do genoma referente à proteína S -que permite, no Sars-CoV-2, a invasão de células humanas. No caso do novo parente, a área não é compatível com os receptores dos seres humanos e os dados da pesquisa não apontam potencial de infecção.

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De toda forma, os pesquisadores, que publicaram o estudo na revista Nature Communications, nesta terça (9), apontam que mais avaliações são necessárias para entender a possível gama de hospedeiros, entre eles os humanos, dessa sublinhagem.

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Um ponto curioso é que, apesar da semelhança entre o coronavírus encontrado no Camboja e o Sars-CoV-2, a espécie de morcegos onde o vírus foi encontrado não habita a China. Isso indicaria, segundo os cientistas, que parentes do causador da Covid estão mais distribuídos geograficamente do que se imaginava anteriormente. E, com isso, o "Sudeste Asiático representa uma área-chave para vigilância de coronavírus".


Em 2020, os pesquisadores já haviam anunciado que tinham encontrado vírus semelhantes ao Sars-CoV-2 guardados em freezers no Camboja e também no Japão. Restava saber, porém, o quão de fato geneticamente próximos ao causador da Covid esses vírus eram.

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Esses não são os únicos parentes do Sars-CoV-2 encontrados pelo mundo. Entre os outros há, inclusive, primos mais próximos, como os achados em morcegos do Laos e em uma caverna na província de Yunnan, na China.


O coronavírus achado no Laos teria uma semelhança genética de 96,8%, e o de Yunnan, de 96.2%.

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Apesar de ainda haver algum grau de discussão sobre o assunto, cientistas afirmam, com base nas evidências disponíveis, entre elas o maior estudo evolutivo de coronavírus, que a hipótese de origem natural do vírus é a mais provável. Apesar disso, ainda não foi encontrado o grupo de animais que pode ter transmitido o Sars-CoV-2 para os seres humanos.


A forma como o vírus saltou entre espécie também é desconhecida. Entre as possibilidades estão: a passagem natural de um hospedeiro para humanos -o "spillover" ou "salto" entre espécies, o que já conhecido em outros coronavírus- e um contágio indireto através de um animal criado e comercializado.


"Nosso entendimento atual da distribuição geográfica das linhagens Sars-CoV e Sars-CoV-2 possivelmente refletem uma falta de amostragem no sudeste da Ásia", afirmam os pesquisadores, citando Mianmar, Laos, Tailândia, Camboja e Vietnã, locais onde foram encontrados, até o momento, as amostras mais com genoma mais próximo ao do causador da Covid.

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