O Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária e da Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), anuncia o Programa de Acolhida a Cientistas Ucranianas. O foco desta iniciativa é a acolhida e integração das cientistas na comunidade paranaense, mas também em colaborações conjuntas futuras para a reconstrução e fortalecimento da economia ucraniana por meio da ciência e inovação em parceria com o Governo do Estado.
“O Paraná é a casa dos ucranianos no Brasil, tem uma conexão muito forte com essa cultura. Nesse momento é importante estarmos abertos para receber os refugiados. Com o Programa de Acolhida a Cientistas Ucranianas procuramos demonstrar isto também pela vertente da ciência e da academia”, ressaltou o governador Ratinho Junior (PSD).
Neste programa, o objetivo principal é o recrutamento de cientistas das universidades ucranianas, a fim de desenvolverem suas pesquisas nas universidades sediadas no Paraná por um período de até dois anos em um primeiro momento. Espera-se o recebimento de até 50 pesquisadoras, que possuam o título de doutoras, e que estejam, ou estavam atuando nas universidades sediadas na Ucrânia para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e, complementarmente, de ensino e extensão nas universidades do Paraná.
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Em face ao conflito deflagrado, no qual a Rússia iniciou uma invasão militar contra a Ucrânia no dia 24 de fevereiro, e também tendo em vista a concentração no Paraná de cerca de 80% da totalidade dos imigrantes do Brasil, identificou-se como prioridade estruturar uma ação de acolhida àqueles que tanto contribuíram com o desenvolvimento do Estado. Com isso foi criado o Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianas, que é de fluxo contínuo.
Vale ressaltar, ainda, que a imigração ucraniana se concentra, sobretudo, na região centro-sul do Paraná, sendo que o percentual de imigrantes pode chegar a 75% da população residente nas localidades que perfazem essa região. Desse modo, o Estado está entrelaçado à Ucrânia, não só pelo número de imigrantes, mas também por conta de todos os elementos linguísticos e culturais trazidos por essa comunidade e que hoje são símbolos do Paraná.
As informações sobre o Programa chegarão a princípio até as cientistas ucranianas por meio da Fundação Araucária, da Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Embaixada da Ucrânia no Brasil, Ministério de Relações Exteriores , Ministério de Ciência e Educação da Ucrânia, Humanitas Brasil Ucrânia, Universidades Paranaenses, Universidades parceiras das Instituições de Ensino Superior (especialmente as de países com fronteira com a Ucrânia), Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Associação Brasileira de Educação Internacional (FAUBAI) e Cáritas.
Inscrição, seleção e acolhimento
As candidatas interessadas deverão encaminhar as suas propostas em até duas laudas, em ucraniano, português ou inglês, contendo a sua intenção de projeto. As propostas deverão explicitar a área, metas e objetivos.
Além disso, deverão encaminhar um vídeo de até três minutos, explicitando o que gostariam de desenvolver. O vídeo pode ser gravado com o próprio celular, na horizontal, do busto para cima. É importante não gravar em espaços abertos e com muito movimento.
A seleção será realizada pelos representantes indicados das Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação das Universidades sediadas no Paraná que estejam aptas a receberem as pesquisadoras. A Fundação Araucária e a SETI assegurarão a política de acolhimento.
Bolsas e benefícios
As pesquisadoras receberão uma bolsa de R$10.000,00, na categoria Professor - Visitante Especial (PVE). Além disso, complemento no valor de R$1.000,00 para cada dependente abaixo de 18 anos e/ou ascendente acima de 60 anos tendo, como limite máximo, três complementos de R$1.000,00 a cada pesquisadora selecionada.
Além da bolsa de PVE, a Fundação Araucária contemplará a selecionada e seus dependentes, quando houver, com as passagens aéreas de vinda ao Brasil e retorno à Ucrânia.Como apoio à comunicação linguística para interação com a comunidade do Estado, o programa Paraná Fala Idiomas oferecerá, gratuitamente, cursos de Português como Língua Adicional, a fim de auxiliar na inserção linguística e cultural das pesquisadoras e respectivos dependentes.
Para fazer sua inscrição, clique neste link.