Com um orçamento R$ 1 bilhão menor, as universidades federais de todo o País estão à beira de um colapso, e no Paraná a situação não é diferente. O reitor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Ricardo Marcelo Fonseca, já disse que se o orçamento discricionário das federais não for desbloqueado, a universidade só tem condições de manter suas atividades até setembro ou outubro deste ano.
O orçamento discricionário das universidades aprovado para 2021 foi de R$ 4,3 bilhões, menor do que os R$ 5,4 bilhões do ano anterior. O dinheiro é relacionado ao orçamento discricionário das universidades, no qual não entram salários. São recursos utilizados sobretudo para a manutenção das instituições, com gastos como iluminação, limpeza e segurança.
Além da redução do orçamento, boa parte dos recursos do MEC, em especial das universidades, dependem de uma aprovação extra por parte do Congresso. Com o atraso na aprovação do orçamento deste ano, a situação foi se agravando para as universidades. Em portaria publicada no último dia 13, o governo liberou a maior parte desses valores que antes precisariam de aprovação extra, cerca de R$ 2,6 bilhões. Ainda estão bloqueados, no entanto, 13,89% desse recurso previsto, o que equivale a cerca de R$ 600 milhões.
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"O drama é comum a todas as universidades federais brasileiras. Talvez o colapso vai ser em prazos diferentes de acordo com cada instituição, mas será inevitável", diz o reitor da UFPR. O corte do orçamento na instituição chegou a 20% em relação ao montante do ano passado. Com o bloqueio de mais 13%, quase um terço do orçamento da universidade ficou comprometido. Em 2020, o montante destinado à UFPR foi de R$ 156,3 milhões, e caiu para R$ 103 milhões em 2021.
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