As pesquisas que poderão resultar na criação de um imunizante contra a Covid-19 "100% paranaense” estão entre as cinco mais avançadas do País e a expectativa é que o pedido para o início da fase clínica dos estudos, ou seja, com testes em humanos, seja protocolado em até seis meses na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em fase de testes nos laboratórios da UFPR (Universidade Federal do Paraná), o imunizante demonstrou ser capaz de estimular o desenvolvimento de anticorpos do vírus que causa a Covid-19 em maior quantidade na comparação com a desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica Astrazeneca. O autor das otimistas afirmações é o reitor da instituição, Ricardo Marcelo Fonseca, em reunião com os deputados da Frente Parlamentar do Coronavírus, da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), na manhã desta segunda-feira (29).
De acordo com o reitor de uma das mais antigas e importantes universidades públicas do País, a previsão é de que o imunizante seja disponibilizado no ano que vem. Em sua fala, Fonseca destacou que pouco se sabe sobre o tempo de imunização ofertado pelas vacinas que já estão sendo aplicadas, o que somado ao surgimento das novas cepas, fazem com que o Brasil tenha que empregar todos os seus esforços no desenvolvimento de "todos os tipos de vacinas", frisou.
No final da semana passada, a criação de um grupo de trabalho paralelo capitaneado pela Seti (Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) e pelo Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) também foi anunciada. O grupo contará com pesquisadores indicados por seis universidades estaduais do Paraná e três bolsas para pesquisadores com pós-doutorado serão ofertadas através da Fundação Araucária para a reunião de esforços.