A UFPR (Universidade Federal do Paraná) decidiu expulsar um aluno do curso de Direito que enviou mensagens de cunho homofóbico, racista e supremacista a um grupo de estudos da instituição de ensino superior. A penalidade de desligamento foi publicada em portaria assinada pelo diretor do Setor de Ciências Jurídicas, Sergio Said Staut Júnior, na sexta-feira (29).
Os áudios foram direcionados ao Geld (Grupo de Estudos Liberalismo e Democracia) da UFPR em março e tornados públicos pela deputada estadual Ana Júlia (PT) em suas redes sociais. Neles, o estudante critica outros membros por quererem “ser monarquistas” e os ofende utilizando falas homofóbicas. Em seguida, profere insultos racistas, dizendo que “tem dó” porque seriam “escravos” na monarquia, ao contrário dele, que teria “sangue puro” e é “branco legítimo, ariano”, atribuindo à cor de sua pele um privilégio “que eu tenho, mas que vocês nunca vão ter”.
Ao final do processo e baseado nas investigações da comissão disciplinar, a UFPR decidiu aplicar a penalidade de desligamento do estudante, “em razão de ter cometido as infrações de descumprimento dos deveres de manter conduta compatível com a moralidade, de observar as normas legais e regulamentares e de tratar com civilidade as pessoas, bem como ter cometido as infrações de importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público, de modo ofensivo ao pudor; ofender a integridade física, moral ou a saúde de outrem; de molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou motivo reprovável; e de praticar outras condutas reputadas como incompatíveis com a moral e os bons costumes”, de acordo com a portaria de expulsão.
Leia mais:
UEPG abre inscrições para curso gratuito de Gerontologia em Apucarana
Resultado final do CNU será divulgado nesta quinta-feira
Concurso Unificado: sai nesta terça-feira resultado de revisão de notas de títulos
Vestibular da UEL termina com abstenção de 20,6% nesta segunda
A PCPR (Polícia Civil do Paraná) não informou se há ou houve algum procedimento para investigar a conduta do universitário. A reportagem também não conseguiu contato com a defesa.