Um grupo de professores da UEL (Universidade Estadual de Londrina) irá criar um projeto de extensão que visa reutilizar máquinas caça-níqueis apreendidas. Os computadores poderão ser usados em atividades em laboratórios de Química em escolas, nas dependências da UEL e em asilos e casas de repouso para ajudar a estimular idosos com Alzheimer, por exemplo.
Ainda em fase de prospecção, o projeto envolve os Departamentos de Computação e Química, ambos do CCE (Centro de Ciências Exatas), o Departamento de Engenharia Elétrica, do CTU (Centro de Tecnologia e Urbanismo), e o Departamento de Design, do Ceca (Centro de Educação, Comunicação e Artes).
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Na manhã desta quinta-feira (17), a UEL recebeu 39 máquinas caça-níqueis apreendidas pela 4ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar). Os equipamentos eram usados em bingos clandestinos e somam-se a outras cinco máquinas já recebidas pela Universidade no ano passado.
“(No projeto) as máquinas seriam reestilizadas por estudantes de Design, reconfiguradas pelos estudantes do CCE e CTU, todos em seus projetos de extensão. Isso tudo também contribuiria para estudantes participarem de mais projetos e contarem suas horas de atividades obrigatórias. A partir do momento que o projeto-piloto obtiver êxito, podemos receber mais máquinas, porque as apreensões feitas pela polícia são muitas. Só a 4ª CIPM apreendeu de 400 a 500 máquinas”, observa o diretor do CCE, Silvano Cesar da Costa.
Segundo o vice-diretor do CCE, Alan Salvany Felinto, as noteiras dessas máquinas – peças fundamentais para o uso dos jogos de azar, que reconhecem e contam as notas inseridas – já foram retiradas e destruídas pela polícia antes mesmo de os equipamentos chegarem à UEL. Os computadores foram formatados e o software que continha os jogos de azar, destruído.
Ao projeto, o que interessa é a carcaça dos computadores. “Tanto a estrutura dos equipamentos, toda de metal, quanto os componentes podem ser reutilizados, desde que reestilizados”, afirma Felinto.