O Sub Grupo de Acompanhamento da Covid-19 da UEL (Universidade Estadual de Londrina) se reuniu, nesta terça-feira (29), junto ao Gabinete da Reitoria e apresentou uma análise apontando a importância de manter a utilização de máscaras de proteção nos ambientes fechados da Universidade. A reunião foi convocada para avaliar os impactos do Decreto Estadual 10.596/2022, assinado pelo governador Ratinho Júnior (PSD) nesta terça, que tirou a obrigatoriedade do uso de máscaras em lugares fechados em todo o Estado.
Segundo a avaliação do Sub Grupo, embora a taxa de transmissão tenha caído nas últimas semanas, a liberação do uso de máscaras de forma precipitada pode colocar em risco grupos vulneráveis.
O coordenador do Grupo Sanitário e vice-reitor da UEL, Décio Sabbatini Barbosa, explicou que a sugestão considera fatores e situações relacionados à cobertura vacinal, taxa de transmissão, pressão nos espaços de assistência à saúde e ao clima. Segundo ele, idosos com mais de 80 anos começam a receber uma nova dose de reforço (quarta dose) contra a Covid-19 agora, da mesma forma que alguns grupos etários (crianças com menos de seis anos) ainda estão na segunda dose e, portanto, com esquema vacinal incompleto.
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As temperaturas amenas do outono também influenciaram na decisão, pois, nessa época do ano, as aulas e atividades acadêmicas tendem a serem feitas em ambientes fechados e com pouca ventilação. O Sub Grupo se preocupa com o aparecimento de novas variantes ou sub variantes potencialmente perigosas, embora os casos de Covid-19 nas unidades de referência tenham caído vertiginosamente.
“Depois de tanto esforço, optamos por manter a cautela nesse momento, observando dados técnicos, números e tabulando todas as informações”, definiu o vice-reitor. Segundo ele, é fundamental continuar a monitorar e analisar o reflexo das decisões do governo estadual e municipais e a relação com os índices da pandemia.
Novo Decreto
O Decreto Estadual 10.596/2022 libera a circulação de pessoas sem máscaras em locais fechados, revogando os dispositivos da norma anterior, e mantém a orientação para a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) regulamentar o uso em alguns espaços como transporte público, unidades de saúde e clínicas, com caráter de recomendação.
A medida leva em consideração a situação estável da circulação do vírus que provoca a Covid-19 no Estado, com internamentos, óbitos e taxa de transmissão em queda consistente. A alteração é um complemento da flexibilização do uso do equipamento de proteção individual em locais abertos, assinada em 16 de março.