Terminar o 3º ano do ensino médio não é sinônimo de estar decidido em relação a qual carreira seguir. O momento pode ser de insegurança para os candidatos que precisam lidar com questões que nortearão as decisões profissionais em busca do sucesso na jornada. No entanto, o que fazer quando o momento que deveria ser decisivo é de incertezas? Direito ou administração? Enfermagem ou medicina? Humanas ou exatas?
Neste caso, um dos recursos que podem ser utilizados são os testes vocacionais em que profissionais especializados auxiliam o estudante a enxergar quais são os caminhos possíveis para seguir. No entanto, embora possam ser apresentadas carreiras mais "alinhadas" ao perfil do candidato, não é raro existirem pessoas que encerram o processo sem a resposta esperada – seja em termos de graduação ou, uma vez escolhida, de carreira.
Dados do Censo da Educação Superior coletados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira) apontam que mais de 1.392.470 estudantes passaram por situações de instabilidades na vida universitária, entre os anos de 2010 e 2015. Em todo o país, cerca dos 56% dos estudantes que ingressaram em uma universidade acabaram desistindo no meio do caminho ou trocaram de curso no decorrer da graduação.
No Nordeste, 198.454 universitários desistiram do curso em um universo de 376.020 ingressantes. A porcentagem equivale a 52,8% do total, o que significa que mais da metade dos estudantes que começaram a graduação abandonam antes de conquistar o diploma. Neste cenário, as maiores incidências de desistência são: Administração (182.591), Direito (128.728), Pedagogia (100.743), Ciências Contábeis (59.002), Enfermagem (43.429) e Serviço Social (34.498).
Como funcionam os testes vocacionais?
Psicólogos, coachs e orientadores são aptos para fazer os testes vocacionais, avaliações com o objetivo de trazer clareza para quem está em busca de qual curso escolher. O objetivo dos testes é analisar o conjunto de características específicas da personalidade para conseguir apontar áreas ou profissões mais adequadas.
Por que os testes vocacionais não são suficientes?
Quando você fizer o teste vocacional, talvez saia de lá com sua carreira quase escolhida mas, se isso não ocorrer, é normal. Os profissionais são aptos a te ajudar mas pode ser que algumas perguntas não consigam alcançar o seu perfil – incluindo sonhos, medos, valores, ambições e propósito.
Como saber minha vocação? E como aproveitar bem o teste vocacional?
A decisão da escolha do curso envolve muitos fatores: interesses, habilidades, talento, objetivo financeiro, entre outros. É possível, por exemplo, listar alguns pontos importantes da sua personalidade. Coloque tudo que te importa e te move no papel da forma que achar melhor. Assim, você pode visualizar o que deve ser levado em conta. Com isso, faz sentido listar áreas, cursos e profissões que se encaixem com o que você busca.
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