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Quebra de padrão aumenta a atenção dos motoristas, que reduzem a velocidade

19 mar 2018 às 17:22

Na última quinta-feira (15), a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) implantou uma sinalização viária experimental no interior do campus da UEL (Universidade Estadual de Londrina) que consiste numa série de linhas em zigue-zague para constituir uma faixa de bordo - utilizada para definir os limites da pista - de maneira alternada.

Entretanto, muitos leitores não entenderam como a inovação auxilia na redução da velocidade. Por isso, o Portal Bonde procurou o professor responsável pelo projeto, Guilherme Bracarense Filgueiras, do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento (CCB) da UEL para explicar o experimento científico.


Implementadas numa faixa de aproximadamente 300 metros na continuação da avenida Presidente Castelo Branco, as novas pinturas estão localizadas na avenida das Perobas - umas das vias de acesso ao campus. Segundo Filgueiras, a faixa em zigue-zague é usada em várias partes do mundo, e observa-se um aumento da atenção dos motoristas nos trechos sinalizados.


"Em algumas pesquisas a maioria dos motoristas dizem ter ficado mais alertas nos referidos trechos. O que acontece é que há a quebra do padrão da via; o motorista vem seguindo a faixa em linha contínua e de repente esse padrão muda para o zigue-zague; nosso cérebro é preparado para direcionar automaticamente a nossa atenção para qualquer situação que fuja do padrão."


O professor também deixa claro que o objetivo é reduzir a velocidade no trecho, já que, segundo estudos realizados, 95% dos veículos que sobem ou descem a avenida Castelo Branco excedem a velocidade permitida.

"Vale lembrar que as faixas em zigue-zague não visam substituir as sinalizações regulamentadas. Estamos avaliando se o que é efetivo em outros países também pode surtir efeito sobre o comportamento do condutor brasileiro. Caso positivo, essa pode ser sugerida como mais uma opção."


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