O cenário de pandemia, já há mais de um ano presente na vida dos brasileiros, trouxe uma série de questionamentos para um grupo de pesquisadores, composto por professores e estudantes de diversas áreas da Saúde. Divulgar o tema da saúde única, que trata da indissociabilidade entre a Saúde humana, vegetal e animal, é o objetivo do projeto de extensão "Educação em saúde única por meio de mídias sociais e outras tecnologias”, coordenado pela professora do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Eloiza Teles Caldart, do CCA (Centro de Ciências Agrárias) da UEL (Universidade Estadual de Londrina).
O projeto conta com a participação de cerca de 40 estudantes de cursos de Medicina Veterinária, Odontologia, Fisioterapia e Serviço Social, além de pós-graduandos de diversos programas de pós-graduação, formados e professores, e visa disseminar à população, por meio das redes sociais, os benefícios do conceito de Saúde única. "Com 70% das doenças do planeta são zoonoses, isto é, transmitidas aos humanos por animais, pensar a saúde vegetal, humana e animal é essencial para a saúde geral de todos”, afirma Eloiza.
O grupo está na ativa desde novembro de 2020, quando o projeto foi aprovado. Na ocasião, os números da Covid-19 seguiam subindo sem previsão de baixa, o grupo decidiu, em virtude do cenário, redirecionar os estudos para a saúde única. "Nós também observamos que os estudantes sentiam-se muito motivados com projetos que saíssem do esquema da aula online. Começamos com 28 estudantes da Veterinária e já chegamos a quase 50”, afirma a coordenadora.
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Plataformas e agregadores - O grupo se divide em vários subgrupos de trabalho, que trata, com periodicidade definida, sobre temas relevantes da Saúde única nas redes. Os trabalhos começaram no mês de maio. "Já abordamos o tema ‘Saúde única’ de modo geral, depois a questão dos animais que sofreram acidentes e do desequilíbrio ambiental nos ambientes urbanos. Também tratamos do tema da vacinação, não só contra a Covid-19, mas também contra zoonoses e vacinação de animais de estimação”, comenta a professora.
Para chegar no público, o projeto de extensão está em várias redes sociais e agregadores. "Nosso intuito era, como um projeto de extensão, sair da Universidade, mas devido à pandemia isso ficará para outro momento. Nosso público é formado por pessoas simples, que têm que saber do que se trata a saúde única”, comenta Eloiza.
O próximo foco dos pesquisadores é ir a campo, nas UBS (Unidades de Saúde Básica), em empresas (principalmente públicas) e escolas públicas, o que deve ocorrer quando a situação sanitária melhorar. "As crianças são importantes nesse projeto, pois elas são vetores de muitas doenças”, afirma Eloiza.
Confira os diferentes canais de divulgação do projeto – EducaSaúdeÚnica, Educa.UEL, Canal Saúde Única, Spotify.