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Trajetórias de vida

Projeto da UEL lança autobiografias de estudantes indígenas

Redação Bonde com Agência UEL
25 abr 2022 às 17:49

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- Divulgação CUIA
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Integrantes do Ciclo Intercultural de Iniciação Acadêmica lançam na quinta-feira (28), às 19h, no Anfiteatro Maior do CLCH (Centro de Letras e Ciências Humanas), as autobiografias étnico-comunitárias de estudantes indígenas, durante o evento intitulado Abril UEL Indígena, cujo objetivo é homenagear os povos indígenas e sua presença na universidade.


A abertura contará com apresentações culturais, sendo seguida pela mostra dos vídeos e por uma roda de conversa sobre as trajetórias de vida dos estudantes indígenas, refletindo também sobre o ingresso, permanência e formação no Ensino Superior.

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Serão apresentados sete vídeos produzidos pelos estudantes indígenas do Ciclo Intercultural com o apoio do Projeto de Extensão “O audiovisual para o fortalecimento da identidade indígena no processo educativo”, coordenado pela professora Mônica Panis Kaseker, do Departamento de Comunicação do CECA (Centro de Educação, Comunicação e Arte), com a participação do professor Wagner Roberto do Amaral, do Departamento de Serviço Social. O evento é apoiado e coproduzido pelo Ciclo Intercultural de Iniciação Acadêmica dos Estudantes Indígenas da UEL, coordenado pela professora Patrícia de Oliveira Rosa da Silva, e pela Cuia (Comissão Universidade para os Índios) como forma de homenagear a luta dos povos indígenas em defesa de seus direitos.

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Território e Identidade

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As autobiografias são feitas em vídeo desde 2018 como uma atividade do Eixo Território e Identidade do Ciclo Intercultural. Os estudantes pesquisam sobre sua ancestralidade, a trajetória de suas famílias e comunidades, refletem sobre seu percurso escolar até a chegada na universidade. Os estudantes que apresentarão suas autobiografias são Santa Marta Barros (Avá-Guarani do Tekoha Tenonde Nhepyrum, em Guaíra), Caio No Sanh Deodoro (Kaingang da TI Rio das Cobras), Diego Kãvrgsãnh Cornélio Lourenço (Kaingang da TI Rio das Cobras), Mainara Fyygte Lourenço (Kaingang da TI Rio das Cobras), Rosilda Kareg Marcolino (Kaingang da TI Apucaraninha), Caroline Krig da Silva (Kaingang da TI Apucaraninha) e Elverson Vieira (Guarani/Kaingang da TI Apucaraninha).


A pesquisa envolveu conversas com os mais velhos, busca de dados na internet, coleta de fotos e imagens dos territórios, famílias e comunidades, além da seleção de grafismos e músicas que iriam compor cada narrativa. 


“Esse processo fortalece o autorreconhecimento étnico e comunitário dos próprios estudantes e, consequentemente, fortalece e valoriza a presença indígena na universidade”, diz a professora Mônica.


É o que o professor Wagner Roberto do Amaral aponta como “duplo pertencimento”, uma característica que marca essas trajetórias. A ideia é apresentar para a comunidade universitária os estudantes que estão prestes a ingressar nos cursos de graduação, respeitando sua trajetória e dando visibilidade a sua presença. Para os organizadores, conhecer mais sobre a realidade dos estudantes indígenas é o primeiro passo para reduzir o preconceito e o racismo na universidade.

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