Professores e servidores da rede estadual de ensino prometem cruzar os braços a partir do dia 25 de junho, a segunda-feira após o feriado de Corpus Christi. A data do início da greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia geral das categorias neste sábado (15), em Curitiba.
Segundo o presidente estadual da APP-Sindicato, que representa as categorias, a decisão ocorreu como forma de pressionar o governo a conceder reajuste salarial para as categorias, que estão com os vencimentos defasados em 17,04%, desde janeiro de 2016, quando o governo era comandado por Beto Richa (PSDB) - à época, Ratinho Júnior (PSD) era secretário estadual de Desenvolvimento Urbano.
Uma frente de negociação de servidores estaduais negocia com o governo, desde 29 de abril, a reposição de perdas inflacionárias até a data-base, de 4,94%. "Também apresentamos proposta de um começo de recuperação de perdas dos últimos quase quatro anos com 1% em outubro e 1% em dezembro. Mas o governo não apresentou contraproposta nenhuma", diz Leão, ao justificar a decisão de paralisação de professores e servidores.
Os trabalhadores também defendem a realização de concursos públicos, contra realização da Prova Paraná, a militarização do ensino estadual e a manutenção de policiais da reserva nas unidades de ensino.