Os professores da UEL (Universidade Estadual de Londrina) votaram a favor de uma possível greve da categoria a partir da primeira semana de maio. A insatisfação da categoria aumentou após o anúncio feito pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de uma reposição salarial de apenas 5,79%, sendo que a perda salarial da categoria é estimada em 42%. Durante a assembleia realizada na manhã desta terça-feira (11) também foi aprovada a criação de um comando de mobilização, reunindo representantes de todos os centros da universidade.
De acordo com o presidente do Sindiprol/Aduel (Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região), Ronaldo Gaspar, no dia 31 de março o governo do Estado anunciou, via imprensa, um reajuste salarial de apenas 5,79%, valor muito abaixo da perda salarial estimada pela categoria, que é de 42%. Além do valor estar abaixo da defasagem salarial, a data de implementação do reajuste seria em agosto, quatro meses após a data base do funcionalismo público do Paraná, o que causou a indignação da categoria.
Durante a assembleia, diversos docentes tomaram a palavra e se mostraram insatisfeitos com a oferta de reajuste salarial e a falta de diálogo do governo com a categoria. A principal indignação dos professores foi a respeito da desvalorização da categoria. “A gente não é uma categoria que traz prejuízos econômicos para o governo, o único prejuízo é político”, afirmou um professor durante sua fala frente a uma das assembleias que mais reuniu docentes.
Os professores levantaram a discussão de que 42% de defasagem representa quase metade do salário, o que implica na queda no consumo de produtos e serviços, afetando a economia local. Um docente da UEL afirmou que “a única linguagem que o governo do Estado sempre entendeu foi a da greve”, sendo esse o “único caminho que resta à categoria”.
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