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Pichação gera revolta e reação dos alunos na UEL

26 out 2018 às 11:33

Uma pichação racista e homofóbica na parede de um banheiro da UEL (Universidade Estadual de Londrina) gerou inquietação e reação dos alunos da instituição nesta quinta-feira (25), que cobraram posicionamento da reitoria sobre o caso. Nas inscrições, reproduzidas em uma imagem que viralizou nas redes sociais, o pichador desenhou uma suástica sob os dizeres "Bolsonaro 2018 é a nova era. Tá com medo?". Também atacou com a ameaça "morte aos LGBTQI+ e afrodescendentes".

A grafitagem ocorreu em um banheiro do CCB (Centro de Ciências Biológicas), sede dos cursos de Biomedicina, Psicologia e Ciências Biológicas.


Na tarde desta quinta-feira (25), alguns dos centros acadêmicos da universidade organizaram uma manifestação em frente ao Restaurante Universitário (RU) cobrando um posicionamento da UEL frente à manifestação de intolerância. Também cobraram posicionamento do reitor, Sérgio Carvalho, que lançou um manifesto "pela valorização e respeito às diversidades na UEL", no site da instituição, por volta das 20h.


Em entrevista ao Portal Bonde, Carvalho também disse ter descoberto a imagem por meio de uma rede social e reafirmou o repúdio a qualquer manifestação preconceituosa contra minorias dentro do ambiente universitário, além de defender que a UEL preza sempre a pluralidade de ideias por excelência. "A universidade está constantemente em alerta e fazendo ações para coibir ações dessa natureza. Nós contamos com a ajuda dos alunos, que, quando virem esse tipo de manifestação dentro da universidade, denunciam estes abusos", disse.


Segundo a assessoria de imprensa da UEL, a pichação, de cunho "ofensivo", já foi retirada. O Neab (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros) soube da denúncia pelo site de relacionamentos Facebook e, juntamente com a Cuia (Comissão Universidade para os Índios), lançaram uma nota de repúdio ao ato.


Leia a nota de repúdio contra o racismo elaborada pelo Neab e Cuia aqui e o manifesto pela valorização e respeito às diversidades na UEL, da reitoria, aqui.

(*Sob supervisão do repórter Luís Fernando Wiltemburg)


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