A formulação para estabilização para remoção do oxigênio residual do esmalte dental recém-clareado foi uma das doze concessões de carta-patente concedidas este ano pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) à Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O produto surgiu como resultado do trabalho de doutorado de Cíntia Gaio Murad, que já tinha conhecimento de alguns artigos que citavam testes experimentais com gel de antioxidante, porém, não apresentavam uma formulação que pudesse ser aplicada no consultório pelo profissional.
Durante o processo de clareamento, resquícios de substancias oxidáveis que fazem o processo de despigmentação e clareamento ficam depositados na superfície do dente. "Esses radicais livres são responsáveis pela inibição da polimerização do material resinoso utilizado na restauração. Ou seja, se for feita uma restauração logo após a sessão de clareamento, a resina vai descolar rapidamente do dente. Com a aplicação do gel, o dentista pode realizar imediatamente a administração de resina sem perda de qualidade no resultado final”, justifica Murad, pesquisadora que desenvolveu o produto.
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Produto foi desenvolvido no Labslif da UEM.
O material auxilia na remoção do oxigênio residual do esmalte dental recém-clareado, não sendo mais necessário aguardar o período de 7 a 21 dias para que o resíduo seja removido pela saliva, um antioxidante natural, permitindo a realização de restaurações adesivas na mesma sessão clínica do procedimento clareador.
O produto foi desenvolvido no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Sistemas de Liberação de Fármacos (Labslif) da UEM e contou com o auxílio de outros profissionais, entre eles, Marcos Luciano Bruschi, professor do Departamento de Farmácia (DFA). "O gel é uma alternativa ao tempo de espera após o clareamento, com o objetivo de remover mais rapidamente o oxigênio residual e permitir restaurar o dente com materiais resinosos, recuperando a adesão do esmalte semelhantemente àquele que não recebeu clareamento”, justifica Bruschi.