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Pesquisadoras da UEL buscam voluntários para ensaios sobre sede em pacientes internados

Redação Bonde com Agência UEL
01 jul 2021 às 15:59

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- Divulgação/GPS
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Duas pesquisas realizadas por estudantes do GPS (Grupo de Estudo e Pesquisa da Sede), que atua há uma década no estudo do manejo da sede em pacientes internados, precisam de voluntários para a fase de ensaios randômicos. As pós-graduandas do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, do CCS (Centro de Ciências da Saúde) da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Roberta Pickina Silva e Thammy Nakaya, atuam na elaboração de um gel para solucionar a sede sentida por pacientes internados em UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo), entre eles pacientes de Covid-19, e recém-operados.


O gel, feito com mentol líquido encapsulado, está em fase de testes e foi desenvolvido recentemente pela equipe do GPS, coordenado pela professora do Departamento de Enfermagem Lígia Fahl Fonseca. Segundo Roberta, mestranda em Enfermagem, o produto foi desenvolvido pelo grupo de manejo da sede devido à demanda constante dos pacientes internados por água. Muitos pacientes em UTI não podem beber quantidades adequadas de água por vários dias, o que causa desconforto, estresse e ansiedade, tanto para ele quanto para a equipe.

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"O produto é aplicado na mucosa da boca dos pacientes e proporciona uma absorção lenta e gradual, como os protocolos médicos exigem”, relata. Com potencial de ser utilizado em outras instituições por todo o Brasil e também no exterior, o produto deve ser testado em pacientes homens ou mulheres, de 18 a 50 anos. Os voluntários não devem ser fumantes ou etilistas (que consumam álcool muito frequentemente), nem ter qualquer doença crônica pré-existente, como diabetes ou hipertensão, por exemplo.

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"A intenção é fazer um ensaio clínico randomizado, para avaliar a aceitação sensorial do produto antes de testar nos pacientes de fato”. A equipe busca cerca de 40 pacientes para o ensaio. Os interessados devem buscar a pesquisadora por meio do e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (43) 99963-3858.

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Os interessados devem fazer jejum de 8 horas antes da coleta, que será realizada na sala 508, no HU/CCS, às segundas-feiras, terças-feiras e sextas-feiras, das 8 às 10 horas. Antes da realização dos testes, o voluntário responderá um questionário de hábitos de hidratação e receberá orientações necessárias.


Voluntários - A doutoranda Thammy Nakaya, por sua vez, procura voluntários para outra fase de estudos do grupo. Concentrada nas questões hormonais envolvendo a neurofisiologia da sede (que compreende o estudo do hormônio responsável por enviar ao cérebro a mensagem de sensação de sede, a vasopressina ou hormônio antidiurético), a pesquisadora realiza as coletas de sangue em um laboratório no Labimagem, localizado na Avenida Bandeirantes. Antes do procedimento da coleta, os pacientes recebem uma infusão de um soro hipertônico.

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Os interessados em colaborar com a pesquisa de manejo da sede devem ser homens, entre 18 e 50 anos. "Não selecionamos mulheres por conta do ciclo menstrual, que pode atrapalhar os resultados”, explicou a doutoranda. Os voluntários devem ficar em jejum de 8 horas e os dias de coleta são às quartas-feiras, quintas-feiras e sábados, às 8 horas. Ao final da coleta, é oferecido um lanche ao participante.


GPS: 10 anos de estudos sobre a sede - Em atividade há dez anos, o GPS iniciou os estudos sobre manejo da sede em pacientes em estado de internação, intubação ou pós-operatório. Coordenadora do Grupo, Lígia relembra um produto que está em utilização há oito anos, desenvolvido pelo grupo e já utilizado em hospitais internacionalmente: o picolé mentolado. "O picolé já está em uso há anos e funciona, tem resolvido as queixas no HU. Só que em alguns casos, nem o picolé os pacientes podem receber. Um paciente de traqueostomia, por exemplo, pode engasgar, por isso esses outros produtos estão em desenvolvimento”, explica.

Lígia conta que a ideia de estudar a sede nesses pacientes surgiu de um incômodo relatado por uma estudante de Enfermagem, que havia passado por um procedimento cirúrgico e ficou impossibilitada de beber água por muito tempo. "Os pacientes às vezes ficam semanas com a boca aberta, então o desconforto é muito grande. Quando acaba a sedação, a primeira coisa que eles relatam é sede. Alguns choram, suplicam por água. É bastante triste. Percebemos, nesse momento, que não haviam muitos estudos nem preocupação com esse tema. Então, decidimos investigar.”


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