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Mestrando de Biotecnologia da UEL é eleito o inovador do ano em competição nacional

15 set 2021 às 15:35
O mestrando do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Georges Khouri, de 28 anos, foi eleito o inovador do ano pelo júri do Falling Walls Lab Brazil 2021, competição promovida pelo DWIH (em português, Centro Alemão de Ciência e Inovação) São Paulo. Georges foi eleito entre 56 participantes de todo o Brasil, que apresentaram ideias inovadoras: o estudante desenvolveu o projeto “Breaking the Wall of Misdiagnosis in Neglected Diseases” (quebrando a parede de diagnósticos errados em doenças negligenciadas) um teste sanguíneo rápido para baratear o custo e acelerar o diagnóstico de doenças como Chagas, leishmaniose e malária em regiões pobres.


O teste desenvolvido por Georges, feito por imunocromatografia, pode diagnosticar as referidas doenças com apenas algumas gotas de sangue do paciente, assim como bactérias gram-positivas e gram-negativas. “São doenças consideradas ‘negligenciadas’, ou seja, que perpetuam situações de pobreza e subdesenvolvimento em suas regiões”, explica o pesquisador.


A análise do júri se concentrou em quatro pontos básicos, aos quais as ideias inovadoras deveriam responder. As propostas deveriam incluir questões de interesse, apresentar o problema, oferecer uma solução e uma prova da implementação. “A intenção dessa proposta é oferecer um diagnóstico rápido e barato para regiões que não oferecem estrutura”, comentou Georges.


"Um médico em uma região afastada, por exemplo, acaba medicando muitas pessoas para evitar a proliferação de uma doença. Isso pode causar um fortalecimento de um protozoário, no caso da leishmania, e favorecer a disseminação da doença. Identificando esses indivíduos, podemos evitar esses problemas”, explicou.


Etapa Internacional - Classificado para a etapa internacional, Khouri representará o Brasil no dia 7 de novembro, em Berlim. Na ocasião, participarão 100 representantes de vários países, que concorrerão ao título “Breakthrough Winner of the Year” (vencedor de inovação do ano), na categoria “Talentos Emergentes”. Os custos da viagem e do evento serão inteiramente custeados pela DWIH São Paulo. Além disso, o pesquisador receberá uma contribuição de 500 euros, da Euraxess Brasil, para visitar um instituto de pesquisa da Europa.


“Farei o possível para trazer este prêmio para o Brasil e para a UEL. Eu acredito, como biotecnólogo, que a minha área existe para melhorar a vida das pessoas. Se eu conseguir melhorar a vida de uma pessoa com meu projeto, já estou satisfeito”, considera o pesquisador.

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