O medo de não conseguir emprego leva muitos profissionais a mentir no currículo. A medida pode parecer inofensiva, no entanto, pode acarretar diversos problemas ao longo do tempo, até mesmo envolvendo a Justiça. Mesmo não tendo uma lei estabelecendo que mentir no currículo é crime, a descobertas de divergências de informações no documento pode prejudicar a imagem do profissional e ainda resultar em demissão por justa causa.
Em 2013, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara de Deputados rejeitou um projeto de lei que tinha como proposta tipificar como crime a falsificação de currículos. A justificativa utilizada é falsificação de currículo poder ser enquadrada no artigo 298 do Código Penal, que prevê reclusão, de um a cinco anos, para quem falsificar documento particular.
Nos últimos anos, decisões recentes da Justiça sobre mentiras no currículo têm dado parecer favorável a demissão do funcionário por justa causa quando são identificadas informações falsas sobre conclusão do ensino médio, por exemplo.
Mesmo quando não há uma falsificação direta de documento, como é o caso do ensino médio, exagerar nas informações do currículo ou passar dados que não condizem com a realidade, como o tempo de experiência, pode acarretar problemas para o profissional. Caso consiga o cargo, em algum momento, será cobrado conforme as descrições em seu currículo. As empresas verificam escolaridade do funcionário e outros dados, por isso mentir sobre a experiência profissional ou tempo de trabalho pode ser prejudicial à sua carreira.
Especialmente os recém-formados têm dificuldade para elaborar um bom currículo. A insegurança de competir com profissionais mais experientes pode levar o candidato a inventar cargos, experiências ou até mesmo qualificações em seu currículo. Para evitar enfrentar problemas posteriormente, uma dica é criar um currículo de recém-formado para profissionais sem experiência que impressione os recrutadores e auxilie na busca pela vaga desejada.
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