Os professores da UEL (Universidade Estadual de Londrina) aprovaram a paralisação das atividades na próxima terça-feira (22). A decisão foi tomada em assembleia do Sindiprol/Aduel (Sindicato dos Docentes da UEL) realizada nesta quarta-feira (16).
A principal reivindicação da categoria é a aprovação do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) que já tramita nas instâncias do governo estadual. Durante o movimento grevista realizado entre maio e junho, houve a sinalização de que, se a paralisação fosse suspensa, o plano iria avançar - o que a categoria aponta que não aconteceu.
Na semana passada, o CSD (Comando Sindical Docente), que reúne membros de sindicatos das sete universidades estaduais, lançou uma campanha pela aprovação do PCCS ressaltando que as mudanças de outras carreiras foram aprovadas ainda antes do recesso parlamentar.
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Com a paralisação da próxima semana, começa novamente uma mobilização a nível estadual das instituições, uma vez que a proposta é que todas interrompam as atividades no dia 22.
O presidente do Sindiprol/Aduel, Cesar Bessa, ressaltou que houve uma concordância de todos os sindicatos pela paralisação nesta data. “Em decorrência de que o nosso PCCS sequer foi encaminhado para a Assembleia Legislativa. Há uma expectativa muito grande dos docentes em fase à defasagem salarial agressiva, por conta dos sete anos sem recomposição salarial”, disse Bessa.
Durante a greve, a principal bandeira dos docentes foi o pagamento da data-base à época acumulada em 42%, resultado de sete anos de acúmulo. O governo do Estado acabou pagando 5,79% para todo o funcionalismo neste mês de agosto.
“Em face disso, surgiu a proposta de alteração do PCCS. O que se espera é que essa modificação na legislação seja efetuada e que, com isso, diminua um pouco a penúria salarial que professores universitários estão sofrendo”, acrescentou.
Na próxima semana, o sindicato vai realizar uma nova assembleia para avaliar o movimento e “tirar novas proposições a ações”. “Passou o recesso parlamentar e nós não temos notícia de quando será apresentado nosso plano de cargos e salários.”
Segundo Bessa, uma nova greve a partir do próximo mês não está descartada. Ele afirma que a “temperatura” da assembleia desta quarta mostrou que, se até o fim de agosto não houver avanços em relação ao PCCS, “as assembleias vão ficar movimentadas e motivadas a um novo período de paralisação”.
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