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Para o ano letivo de 2023

Fim das aulas de Arte nos 8º e 9º anos é alvo de críticas no Paraná

Bruno Souza - Estagiário*
27 dez 2022 às 17:11
- Arquivo/Agência Brasil
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O governo do Paraná anunciou na última semana, em documento enviado à administração de colégios estaduais, que vai extinguir as aulas de Arte para estudantes dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental. A grade abrirá espaço, assim, para uma nova disciplina, denominada Pensamento Computacional. As mudanças começam já a partir do ano letivo de 2023.


De acordo com a proposta, apenas escolas diversificadas, integrais e cívico-militar - aproximadamente 10% da rede pública - continuarão com a disciplina de Arte na grade curricular nos anos finais do Ensino Fundamental.

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Além da substituição da disciplina de Arte, a nova grade prevê a inserção de uma matéria extra de Redação e Leitura. A medida do governo não foi bem vista por professores da área, que acusam a administração pública de instigar um ensino técnico em detrimento do ensino tradicional.

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"De uma só vez, essa medida ataca questões fundamentais para a educação pública: traz claro viés autoritário, deixando de lado a discussão com os pares a respeito do tema e estabelece um currículo que se orienta pela ausência da continuidade do pensamento estético no Ensino Fundamental, prejudicando a formação de jovens cidadãos. Por isso, nos unimos aos docentes, artistas e entidades do campo da educação e da arte no estado do Paraná, na luta pela derrubada dessa matriz curricular, pois trata-se de uma afronta ao processo histórico de construção da educação pública neste estado e no Brasil", afirma a ANPAIF (Associação Nacional de Professores de Arte dos Institutos Federais) em carta assinada pela diretora nacional, Carla Giane Fonseca do Amaral.


O dirigente da APP-Sindicato em Londrina, Rogério Nunes, também repudiou a mudança na grade nos colégios paranaense. "Nós recebemos com preocupação e contrariedade a última instrução normativa da Secretaria de Educação. Nossa preocupação tem dois principais argumentos: primeiro, novamente, a ausência de participação das escolas e de democracia na formulação do currículo. Isso não é uma novidade. A consolidação do currículo do Ensino Médio e todas as alterações curriculares e demais políticas feitas pela Seed (Secretaria da Educação e do Esporte), nos últimos quatro anos, têm esse caráter antidemocrático. As escolas não foram consultadas. É uma mudança que vem de cima para baixo e afeta diretamente os estudantes e as comunidades escolares", iniciou Nunes.

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"A segunda, é que essa medida não é isolada. A Seed vem consolidando uma política empresarial. Uma das características empresariais no currículo é a redução da área de humanidades. Agora, a questão da disciplina de Arte. Tinha acontecido com Sociologia e Filosofia, em detrimento de componentes curriculares sem nenhuma tradição científica. A disciplina de Arte vai dar lugar a uma disciplina chamada Pensamento Computacional. Essa tem sido a característica da reforma do Ensino Médio. Os alunos serão prejudicados, pois as humanidades são extremamente valorizadas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e no Vestibular da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Isso vai empobrecendo a qualidade do ensino da escola pública paranaense", acrescentou.


O Portal Bonde tentou contato com a Seed via e-mail e telefone, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.


Sob supervisão de Rafael Fantin

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