Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Acesso desigual

Governo Bolsonaro briga na Justiça para não dar internet a alunos de escola pública

Redação Bonde com Folhapress/Paulo Saldaña
06 jul 2021 às 15:58

Compartilhar notícia

- Folhapress/Pedro Ladeira
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O governo Jair Bolsonaro ingressou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender lei que prevê garantia de conexão à internet a alunos e professores de escolas públicas. Essa lei fora vetada pelo presidente, mas o Congresso derrubou o veto.


Há a previsão de aplicação de R$ 3,5 bilhões de recursos federais para ações de conectividade. A nova lei foi uma resposta do Congresso à ausência da gestão Bolsonaro no enfrentamento dos reflexos da pandemia na educação básica -o orçamento do MEC (Ministério da Educação) ainda passa por reduções.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Após a derrubada do ato de Bolsonaro, em 1º de junho, a lei nº 14.172 foi promulgada no dia 10 daquele mês pelo governo federal. Mas, na noite desta segunda-feira (5), a AGU (Advocacia-Geral da União) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para impugná-la.

Leia mais:

Imagem de destaque
Saiba mais

Inep divulga gabarito oficial do Enem

Imagem de destaque
Sessenta formandos

Apucarana promove formatura de curso de formação em Libras

Imagem de destaque
12,8% não tem graduação

Um em 3 professores de escolas públicas não tem formação adequada

Imagem de destaque
Confira

Paranaprevidência publica edital de concurso para nível técnico e superior


A lei define que os R$ 3,5 bilhões sejam transferidos para estados e municípios em 30 dias. Essa obrigação, que vence no próximo dia 10, é o principal questionamento da AGU.

Publicidade


"A referida imposição, no entanto, foi editada à revelia de importantes regras do processo legislativo, como a iniciativa reservada do Presidente da República para diplomas que interfiram nas atribuições dos órgãos do Poder Executivo", diz a peça, de 50 páginas, assinada pelo advogado-geral da União, André Mendonça.


"[A lei] criou situação que ameaça gravemente o equilíbrio fiscal da União, mediante o estabelecimento de ação governamental ineficiente, que obstará o andamento de outras políticas públicas", diz a inicial.

Publicidade


A Folha de S.Paulo questionou o MEC e a AGU, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O Ministério da Economia informou que não comentaria a ação.


Além de pedir o reconhecimento da inconstitucionalidade do ato, a AGU quer barrar essa transferência e pede a suspensão da eficácia da lei até o julgamento final. O órgão aponta que é inconstitucional o estabelecimento de despesa "sem o respeito às condicionantes fiscais", especialmente por não não haver atualmente, diz o governo, decreto de calamidade pública para essa finalidade.

Publicidade


O órgão ainda cita que o atendimento à lei pode acarretar desrespeito ao teto de gastos públicos e, sem entrar em detalhes, diz que poderia causar "prejuízo ao custeio de políticas públicas educacionais". Também afirma que há "violação ao princípio da eficiência e aos postulados da razoabilidade e da proporcionalidade".


O governo Bolsonaro nunca previu recursos para a educação nos instrumentos de apoio financeiro durante a pandemia. O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, sempre se posicionou contrário à lei, apesar de o MEC não ter tido protagonismo nesse período nos desafios enfrentados na educação básica.

Publicidade


A desigualdade no acesso à internet tem sido um dos principais problemas para a manutenção de aulas na pandemia no esquema remoto. A continuidade de atividades online, com um modelo híbrido, é a aposta da maior parte das redes de ensino, mas o plano empaca no alto percentual de alunos e escolas sem conexão.


Ao vetar o projeto, em março, Bolsonaro argumentou que a medida não apresentava estimativa de impacto orçamentário e financeiro e provocaria rigidez orçamentária, "dificultando o cumprimento da meta fiscal e da regra de ouro". A lei prevê que sejam utilizados recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações).


O governo Bolsonaro quer ao programa seja executado de acordo com a disponibilidade financeira da união, segundo a AGU. As transferências também devem, de acordo com a ação, ser condicionadas a requisitos orçamentários e financeiros.

O MEC fechou 2020 com recordes negativos de execução orçamentária na educação básica. Os gastos em educação em geral estão em queda sob Bolsonaro: representaram em 2020 5,2% das despesas totais do governo; o percentual já foi de 6,5% em 2016.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo