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Estudo dos EUA mostra sucesso de inibidores de enzimas no tratamento de Covid-19

Redação Bonde com Agência Brasil
26 fev 2022 às 15:21

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- iStock
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Um estudo divulgado na sexta-feira (26) pela Universidade de Penn State, nos Estados Unidos, identificou uma série de medicamentos aprovados pela FDA (Food and Drug Administration), órgão regulatório daquele país, que reduzem “significativamente” a capacidade de a variante Delta, do novo coronavírus, de se replicar em células humanas. Os resultados foram publicados em 25 de fevereiro na revista Communications Biology.


Segundo os pesquisadores da Penn State, tal descoberta engloba medicamentos que inibem enzimas virais essenciais para replicação do SARS-CoV-2 em células humanas infectadas.

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“As vacinas SARS-CoV-2 têm como alvo a proteína spike, mas essa proteína está sob forte pressão de seleção e, como vimos com a Ômicron, pode sofrer mutações significativas”, comenta a professora de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Joyce Jose.

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No entanto, “permanece a necessidade urgente de agentes terapêuticos que tenham como alvo partes do vírus, além da proteína spike, que não é tão provável de evoluir”, acrescentou.

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Conforme nota divulgada pela instituição, pesquisas anteriores demonstraram que duas enzimas SARS-CoV-2 – proteases, incluindo Mpro e PLpro – são alvos promissores para o desenvolvimento de medicamentos antivirais.


Para o professor de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Katsuhiko Murakami, a Covid-19 produz proteínas longas, chamadas poliproteínas, de seu genoma de RNA.

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“Essas proteínas devem ser clivadas em proteínas individuais por essas proteases de maneira ordenada, levando à formação de enzimas e proteínas virais funcionais para iniciar a replicação do vírus assim que ele entra na célula. Caso você iniba uma dessas proteases, a disseminação do vírus na pessoa infectada pode ser interrompida”, pontuou.


Compostos testados

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Os pesquisadores testaram 64 compostos em ensaios – incluindo inibidores das proteases do HIV e da hepatite C; proteases de cisteína, que ocorrem em certos parasitas protozoários; e dipeptidil peptidase, enzima humana envolvida no diabetes tipo 2 (pela capacidade de inibir Mpro ou PLpro).


“Dos 64 compostos, a equipe identificou 11 que afetaram a atividade de Mpro e cinco que afetaram a atividade de PLpro, com base em corte de 50% de redução na atividade de protease com 90% de viabilidade celular”, comunicou a universidade.

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No passo seguinte, a equipe avaliou a atividade antiviral dos 16 inibidores PLpro e Mpro contra vírus em células humanas vivas, e descobriu que oito deles tinham “atividades antivirais dependentes da dose contra o SARS-CoV-2, e que alguns deles inibem a enzima Mpro, além de prejudicar a capacidade do vírus de infectar células.


O estudo descobriu ainda que a combinação de algumas substâncias proporcionou “efeito antiviral aditivo”, inibindo ainda mais a replicação do novo coronavírus.


Embora esses estudos sejam da variante Delta, os pesquisadores afirmam que os medicamentos “provavelmente serão eficazes contra a Ômicron e futuras variantes, porque visam partes do vírus que provavelmente não sofrerão mutações significativas”.

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