A partir desta quarta-feira (17), todas as escolas da capital paulista estarão fechadas e com aulas presenciais suspensas. Nas redes municipal e estadual também não haverá aula online. A medida, que faz parte da fase mais restritiva do Plano São Paulo, visa conter o avanço nos casos de Covid-19 na capital.
Na rede municipal, 1 milhão de alunos iniciam antecipadamente o período de recesso, que seria no mês de julho, conforme o calendário escolar. As aulas presenciais serão retomadas no dia 5 de abril, após o feriado de Páscoa.
Durante o período de recesso, as escolas funcionarão em horário reduzido, das 10h às 16h, com rodízio entre funcionários gestores e as mães guardiãs, que atuam nos serviços de aplicação dos protocolos sanitários. Além de manter a rotina de adequação dos locais aos protocolos de segurança da Covid-19, os serviços de limpeza, pequenos reparos e poda de mato continuarão a ser executados. Todos os estudantes continuam a receber o repasse no cartão merenda: R$ 101 para creche e CEI, R$ 63 para Emei e R$ 55 para Emef.
Leia mais:
Inscrições para o Vestibular de Verão 2024 da UEM se encerram nesta terça
UEL tem aumento no índice de abstenções no vestibular
Provas do concurso da Sanepar serão aplicadas em nove cidades do Paraná neste domingo
Vestibular da UEL altera trânsito e transporte coletivo no domingo e na segunda em Londrina
As escolas estaduais permanecem em recesso até o dia 28. Foram antecipados os dois períodos de folgas que aconteceriam em abril e outubro. Apesar da suspensão das aulas, permanecem abertas para o fornecimento das merendas, entrega de materiais e chips de internet para os alunos acessarem o ensino remoto. Cada escola se organiza para que não haja aglomeração e recebe os alunos com horários agendados. O governo também orienta as escolas a manterem um número mínimo de funcionários e equipe gestora trabalhando de maneira escalonada.
As escolas particulares discordam do fechamento e solicitam, por meio de ofícios à Prefeitura, que possam permanecer em funcionamento com aulas presenciais para filhos de trabalhadores dos serviços essenciais e crianças com transtornos. "Nosso grande argumento é que as crianças menores precisam muito deste acolhimento. É impossível dar aula online para os pequenos. O que salvou em 2020 foi o reforço e o acolhimento de outubro a fevereiro", disse Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo).
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação, gestão Bruno Covas (PSDB), diz que segue as determinações da Saúde e que as escolas particulares poderão optar por permanecer com aulas online ou antecipar o recesso ou férias.
Além disso, afirma que vai manter abertas as vagas em creches para filhos de trabalhadores de áreas essenciais ao enfrentamento da Covid-19 na fase de emergência. "O atendimento será realizado para as crianças de 0 a 3 anos, matriculadas na rede municipal de ensino da cidade de São Paulo, cujos pais ou responsáveis atuem nas áreas da saúde, segurança, assistência social e serviço funerário que não tenham condições de manter seus filhos em casa, evitando a exposição à possível contaminação. O suporte será disponibilizado em unidades polo, portanto, a criança não será atendida no centro educacional em que frequenta. Haverá a necessidade de deslocamento, caso a família tenha interesse. Após a inscrição, serão analisadas as possibilidades de atendimento de acordo com os endereços indicados e a coordenação da Secretaria Municipal de Educação entrará em contato por telefone ou e-mail."