De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), há pelo menos 27 anos existem diferenças entre homens e mulheres no trabalho. A pesquisa também analisou a diferença salarial entre os gêneros e chegou à conclusão de que o mercado de trabalho remunera cerca de 20% menos as mulheres quando comparadas com os profissionais do gênero masculino.
As mulheres têm batalhado cada vez mais para combater as diferenças, sempre em busca do conhecimento e aperfeiçoamento. Olívia Kamio, 36 anos, sentiu necessidade e coragem para mudar de carreira. Formada em Sistemas de Informação, com MBA em Gestão Empresarial e trabalhando com a Engenharia de Software, já não estava mais feliz, quando sentiu a necessidade de dar uma virada na vida profissional. "Precisava resgatar minha confiança para fazer essa mudança de carreira".
A mudança aconteceu quando Kamio conheceu a Escola ELAS, que visa desenvolver pessoalmente e profissionalmente a vida das mulheres para que possam assumir posições de destaque no ambiente empresarial e também para que sejam gestoras do próprio negócio. "Fiquei apaixonada! A escola trouxe muitas mudanças internas e externas para minha vida. Consegui mudar de área e hoje atuo como profissional de Agile Coaching, que é um Coaching de métodos ágeis".
Leia mais:
Vai fazer o Enem? Confira 7 opções de filmes para ver no fim de semana antes da prova
Vespa ingere bebida com até 80% de álcool duas vezes ao dia e não fica bêbada
Redação do Enem desafia aluno da rede estadual, e abismo com escola particular chega a 47%
Estudo liga Covid, herpes e outras infecções virais ao risco de demência
Renovada, Olívia mudou de carreira, embora tenha permanecido na empresa. "Em apenas três meses, tive reconhecimento do meu papel e em seis meses ganhei um bônus financeiro", comemora. A pesquisa mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de geografia e Estatística) aponta que apenas 39,1% das mulheres ocupam cargos de gerência no país, em contraste com 60,9% dos homens.
Em todas as faixas etárias, havia maior proporção de homens ocupando os cargos de gestão, o que se agravava nas faixas etárias mais elevadas. Além disso, a desigualdade entre mulheres pretas ou pardas e os homens pretos ou pardos é maior do que entre as mulheres brancas e os homens brancos. "Além de uma forte mudança cultural, quem têm grande impacto e papel fundamental nesse processo são as empresas", defende Amanda Gomes, 38 anos, uma das fundadoras da ELAS.
Os cursos da instituição de ensino geralmente acontecem na cidade de São Paulo, mas já houve turmas de workshop no Rio de Janeiro, Brasília e no estado de Minas Gerais. "Percebemos que no mercado não existia nada neste nicho, pois é um treinamento direcionado para desenvolver a liderança. Nosso trabalho é só com as mulheres", destaca a cofundadora do Elas, Carine Roos, de 33 anos. Graduada em Sociologia e Comunicação Social, ela já trabalha na área há uma década. "A escola existe há pouco mais de um ano mas é fruto de muito estudo", acrescenta.
O maior desafio da Escola Elas é expandir a mensagem para outras regiões do país. "Afinal, temos objetivo de conscientizar as empresas dos benefícios de ter um programa exclusivo para as mulheres. Isso, com certeza, vai fazer a diferença", ressalta Amanda, que é formada em Administração de Empresas.
Atualmente, 30% do público das iniciativas da Escola Elas são de outros estados. Os cursos são presenciais. As inscrições podem ser feitas pelo site https://programaelas.com.br/. "Acreditamos no impacto social positivo, As mudanças são perceptíveis, acontecem de dentro para fora. As mulheres que participam ficam mais leves e aumentam seu poder de influência nos ambientes em que convivem. É um trabalho de cura e transformação", define Carine.
Saiba mais no site do Educa Mais Brasil.