Veja quem tem direito
Na noite da sua formatura como Técnico em Eletrotécnica, o estudante Dae Sung Robson Simione da Costa, 20 anos, decidiu prestar uma homenagem inusitada sua mãe. O jovem de Mossoró decidiu entrar na cerimônia de formatura com a bandeja de doces nas mãos, em referência ao trabalho da mãe que viabilizou seus estudos. "Queria representar o trabalho e todo esforço que ela sempre teve para minha educação. O trabalho dela nunca foi motivo de vergonha pra mim. Desde o começo, minha mãe sempre esteve comigo, me apoiando... Se eu consegui chegar onde cheguei, foi por causa do esforço dela", reconhece.
"Hoje, esse é o único rendimento da nossa família", fala Sandra Simione, 57 anos, ao destacar a importância do seu trabalho. Desde que foi desligada do trabalho formal, a vendedora passou a se dedicar a produção artesanal e venda de doces e com isso, criou os dois filhos.
E é na Praça de Convivência, localizada no corredor cultural de Mossoró, que ela e o marido oferecem, de mesa em mesa, as iguarias. "Sempre pedimos licença e perguntamos se as pessoas estão interessadas em comprar. É desta forma que mantemos a nossa casa e garantimos a educação dos nossos filhos".
Entrar com o filho e a bandeja de doces foi uma surpresa para Sandra. "Ele só me contou de última hora. Ele disse: ‘mãe a senhora vai descer a escada comigo, segurando os doces juntos, pois eu tenho orgulho da senhora e te admiro muito’. Ele tinha lágrimas nos olhos", relembra Sandra, também emocionada. A paranaense de orgulha por ter ensinado aos filhos valores. "Meu filho não tem vergonha da minha atividade. Ao o contrário, fala com orgulho do meu esforço", afirma Sandra.
Dae Sung revela que aprendeu em casa a mais importante das lições: "Minha mãe é meu futuro. Tudo que eu faço é pensando em proporcionar um futuro melhor para meu pai e minha mãe. Com certeza, investindo na educação vou conseguir mudar a história da minha família para melhor."
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