O projeto Educação sem Fronteiras, criado pelo advogado Adriano Abdo, contempla as seguintes linhas estratégicas em defesa dos refugiados: garantir o direito e acesso à educação e advogar pelo direito dos refugiados à educação (influenciando políticas públicas e o marco legal). Também busca financiar e desenvolver parcerias para viabilizar bolsas de estudo em instituições de ensino privadas (nos níveis da educação básica, profissionalizante e superior) e difundir metodologias de apoio às instituições de ensino públicos e privadas para o acolhimento do aluno (a) refugiado. Procura, além disso, articular uma rede de mentores para apoiar e incentivar os refugiados a melhorarem seu aprendizado ao maximizar seu potencial, bem como mobilizar uma comunidade estudantil de refugiados, para que possam se apoiar mutuamente ao longo de suas jornadas, além da criação do programa Talento Sem Fronteiras, que tem como objetivo descobrir talentos e ajudá-los a usar essa qualidade da melhor forma em busca de protagonismo e impacto positivo na sociedade.
A sede do Educação Sem Fronteiras fica no centro da cidade de São Paulo. O local contempla uma sala de aula, onde, a partir de abril de 2021, serão oferecidos cursos profissionalizantes e preparatórios para o ingresso no Ensino Superior, palestras interculturais e mentorias de carreira.
Serão oferecidas aulas presenciais de português avançado, empreendedorismo, matemática e outras disciplinas importantes para educação e futuro dos refugiados. Além disso, está sendo montada uma grade com disciplinas variadas como se fosse um cursinho pré-vestibular. O conteúdo das aulas vem sendo elaborado por uma equipe de professores com experiência em educação para refugiados, e incluirá temas como cidadania, cultura e direitos humanos em todas as disciplinas.
Leia mais:
UEPG abre inscrições para curso gratuito de Gerontologia em Apucarana
Resultado final do CNU será divulgado nesta quinta-feira
Concurso Unificado: sai nesta terça-feira resultado de revisão de notas de títulos
Vestibular da UEL termina com abstenção de 20,6% nesta segunda
Paralelamente, a organização está buscando parcerias para doação de notebooks a serem usados durante as aulas na sede com o intuito de desenvolver habilidades importantes para a vida acadêmica e profissional.
"Outro projeto nosso é o talentos sem fronteiras pois acreditamos que alguns alunos também vão ter potencial para ingressarem em escolas e faculdades de ponta como Saint. Pauls e Insper. É uma questão de apontar o caminho e mostrar o caminho mais reto para se chegar ao destino final”, completa Adriano.
Segundo a Acnur (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) existem atualmente no mundo 25,44 milhões de refugiados, que são pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, ou também devido a grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados. No Brasil, existem atualmente 43 mil pessoas reconhecidas como refugiadas, segundo o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), dos quais 88% são venezuelanos.
Para conhecer mais sobre o projeto, acesse Educação Sem Fronteiras.