Formado em economia, Patrick Fede, 32, tem planos de voltar a trabalhar na área administrativa desde que chegou no Brasil, há pouco mais de dois anos. Ele deixou o Haiti, sua terra natal, em busca de melhores condições de vida para a esposa e a filha, de 1 ano e dois meses, nascida em Cambé (Região Metropolitana de Londrina), onde a família se instalou junto a uma comunidade formada por quase mil haitianos.
Esse número representa quase 1% da população de Cambé e revela uma demanda emergente de política públicas para acolher e incluir o grande número de imigrantes que o município tem recebido na última década.
A coordenadora do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) Santo Amaro, Silvia de Alice Freitas comenta que de 2020 até o momento 78 famílias estrangeiras procuraram o serviço para atualização e/ou inclusão no CadÚnico, visando benefícios sociais.
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Nos atendimentos assistenciais a essa população, tanto do município quanto na Cáritas Arquidiocesana de Londrina, a demanda mais urgente revelada pelos haitianos é o desafio para acessar o mercado de trabalho, tendo a língua portuguesa como um grande obstáculo.
“Aqui no Brasil eu descobri que o português não é uma língua fácil. Escrever é bem mais difícil que falar e agora, estou aprendendo coisas novas. Tem palavras que eu trocava o significado e isso dificulta muito o jeito da gente se comunicar, principalmente no trabalho”, comenta Esther Thelusma, 23, que deixou o Haiti no final de 2019, para encontrar os pais que já haviam se instalado em Cambé. “Vim grávida para viver em paz e fugir da miséria do Haiti. O Brasil tem mais oportunidades e liberdade. A gente se sente respeitada e aqui estamos contando com alguns serviços públicos, o que ajuda bastante”, afirma.
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