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Por toda a parte

Como o microplástico foi parar dentro do corpo humano?

Fernanda Mena - Folhapress
08 jul 2024 às 07:13
- Divulgação/Vrije Universiteit Amsterdam
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O plástico está em toda parte, mas você sabia que ele também está dentro de você?

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Partículas minúsculas de plástico já foram localizadas no sangue, no coração, no fígado, nos intestinos, na placenta, no leite materno, no cérebro e até nos testículos humanos.

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Esse é o resultado tanto do descarte inadequado do lixo plástico como do aumento exponencial da presença desse material na vida contemporânea. Estima-se que estejam acumulados nos oceanos entre 75 e 200 milhões de toneladas de lixo plástico.


Os animais marinhos confundem pedaços de plástico com suas presas e ingerem esses resíduos -às vezes em tamanha quantidade que seu trato digestivo fica entupido e eles morrem de inanição.

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Quem não se sensibiliza com o sofrimento animal, agora tem outro motivo para se preocupar com o lixo plástico nos mares: é que ele pode acabar no seu prato.


Isso porque o plástico sofre um processo permanente de degradação e de fragmentação que gera os chamados microplásticos, partículas com menos de 5 milímetros de diâmetro encontradas em toda parte. No mar, também estão dentro de ostras, mariscos e peixes comuns ao consumo humano.

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Existe ainda um subgrupo do microplástico chamado de nanoplástico. São partículas que medem menos de 1000 nanômetros, ou um centésimo de milímetro -70 vezes menor do que a espessura de um fio de cabelo.


Os microplásticos encontrados no corpo derivam de diferentes tipos de polímeros: o polipropileno da embalagem de sorvete, o politereftalado de etileno, também conhecido como PET, o poliuretano das espumas e esponjas. E eles não vêm só do mar.

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Pesquisas já apontaram que eles entram no nosso organismo pelas vias oral, respiratória e dérmica (pela pele).


Via oral é um caminho não só pelo consumo de frutos do mar, mas também da água da torneira, água mineral engarrafada em plástico e até da cerveja, além do sal marinho, iogurte, arroz, frutas e vegetais.

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Um estudo britânico estimou que ao longo de uma semana o ser humano ingere, em média, 5 gramas de microplásticos durante a alimentação, o que equivale ao peso de um cartão de crédito.


Já a via respiratória é uma porta de entrada permanente de microplásticos. As partículas são desprendidas de tecidos sintéticos, plásticos e pneus, e ficam dispersas no ar a ponto de já terem sido encontradas em regiões remotas dos alpes italianos, onde produtos embalados em plástico praticamente não chegam.

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Em Paris, por exemplo, um projeto mensurou a quantidade de microplástico dispersa na atmosfera. Os resultados mostraram que , numa pancada de chuva, caíam mais de cem quilos de plástico junto com a água na capital francesa.


Estudos que mediram a quantidade de microplástico em ambientes abertos apontaram que a concentração dessas partículas é até 45 vezes maior dentro das casas, onde a concentração de plástico tende a ser maior: estofados, tapetes, roupas, sacolas embalagens, eletroeletrônicos... a lista é extensa.


Por último, a via dérmica, que é a menos estudada, e que pode ter como fonte tanto os ticos do ar como aqueles contidos em maquiagens, cremes e outros cosméticos.


Por qualquer uma das vias de entrada, cientistas acreditam que as menores partículas de microplástico penetrem na corrente sanguínea e se instalem em diferentes órgãos do corpo.


Enquanto defensores do plástico afirmam que essas partículas podem ser inertes, pesquisas apontam na direção contrária e já associaram a presença de microplásticos a doenças cardiovasculares.


Além disso, alguns materiais contêm certos tipos de aditivos que já foram identificados como cancerígenos ou disruptores endócrinos, o que quer dizer que eles geram desequilíbrios hormonais, como puberdade precoce, por exemplo. Mas esses efeitos ainda estão em estudo.


Medidas para reduzir a exposição a eles inclui privilegiar roupas de tecidos naturais, beber água filtrada, evitar recipientes plásticos para alimentos e nunca levá-los ao microondas.


Há quem defenda que o único caminho é a redução da presença deste material apenas aos itens essenciais à vida. Também há pesquisas em busca de soluções em fungos e bactérias que parecem ser capazes de digerir micropartículas de plástico.


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