A governadora Cida Borghetti formalizou nesta segunda-feira (5), em Curitiba, o lançamento dos editais de seleção de 270 novos alunos para os Colégios Militares de Maringá (Noroeste) e Cornélio Procópio (Norte), que começarão as atividades letivas em 2019. Os estudantes já matriculados nas escolas que passarão a ter o sistema de ensino da PM podem optar por continuar ou não na unidade.
Os documentos assinados indicam também os comandantes das unidades e inicia os procedimentos pedagógicos, de classificação de alunos e de adaptação dos estudantes que já frequentam as instituições. Cida disse que os colégios da Polícia Militar de Curitiba e Londrina são exemplos em qualidade de ensino e, por esse motivo, está havendo a interiorização desse modelo.
"Essa interiorização possibilitará que nossos alunos tenham uma formação de qualidade, pautada em valores como disciplina e respeito, preparando as crianças para o futuro. Deixaremos um legado importante na área da educação, que é a mais poderosa ferramenta de transformação de uma sociedade", afirmou a governadora.
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Em Maringá, a escola será instalada nas dependências do atual Colégio Estadual João XXIII que atende 1.200 alunos do ensino Fundamental e Médio. Serão abertas 90 vagas para o 6º ano do ensino fundamental e 60 vagas para o 1º ano do ensino médio.
Em Cornélio Procópio, a nova unidade será no atual Colégio Estadual Alberto Carazzai, que atende 125 estudantes no Ensino Fundamental e Médio. Serão 60 novas vagas para o 6º ano e mais 60 para o 1º ano.
A comandante da Polícia Militar, coronel Audilene Dias Rocha, afirmou que os alunos que já estudam nesses colégios poderão continuar matriculados, sem necessidade de fazer o concurso. "Esse edital regulamenta o processo seletivo apenas para os novos alunos que devem ingressar nas unidades em 2019", disse a comandante. O edital deverá ser publicado no site da PM nesta terça-feira (6), e cerca de 50% das vagas são para filhos de policiais militares.
Segundo Audilene, as escolas passarão por reformas estruturais, como pinturas e adequação. Além disso, o uniforme passa a ser obrigatório, e os alunos precisam obedecer regras e normas típicas de formação militar. "A gente procura incentivar a prática esportiva que é feita no contraturno, a questão do civismo, de respeito aos mais velhos, além da disciplina para que os alunos possam enfrentar os desafios do futuro", afirmou.
Com a mudança, os diretores passam a ser indicados e não eleitos pela comunidade. Quem irá dirigir o colégio de Maringá será o capitão José Renato Mildemberger. Para o Colégio em Cornélio Procópio foi indicado o major Edvaldo Isidoro Vieira.
O secretário estadual da Segurança Pública, Julio Reis, disse que essa é uma experiência de sucesso que se replica agora nesses dois municípios. "Essa é uma grande conquista para as famílias desses municípios. Todos ganharão com esse novo sistema de ensino", disse.
PARCERIA - A proposta pedagógica do Colégio da Polícia Militar em Maringá e Cornélio Procópio será a mesma da rede estadual de ensino, elaborada pela Secretaria de Estado da Educação. Os professores, equipe pedagógica e agentes de apoio (Agentes Educacionais I e II), além da merenda e recursos do Fundo Rotativo serão cedidos pela Secretaria da Educação. Os diretores-gerais, diretores auxiliares e secretários serão cedidos pela Polícia Militar.
O prefeito de Cornélio Procópio, Amir Hannouche, falou sobre a importância de ter um Colégio da Polícia Militar na cidade. "É a realização de um sonho de toda comunidade, estamos gratos com a governadora Cida que atendeu o nosso pedido e nos deixa esse legado. Isso realmente vai mudar a vida dos nossos jovens".
PRESENÇAS – Participaram do evento a chefe do Núcleo de Educação de Cornélio Procópio, Maria Aparecida Ribeiro; o deputado Luiz Cláudio Romanelli; o diretor- comandante da Academia Policial do Guatupê, coronel Mauro Celso Monteiro; o chefe da Casa Militar, coronel Maurício Tortato; o coronel da reserva da Polícia Militar do Paraná Sergio Luiz Malucelli.