Comunicado enviado nesta quinta-feira (9) pela Secretaria de Educação Superior (SESU), do Ministério da Educação, aos 54 coordenadores do Programa Idioma Sem Fronteiras (ISF), oficializou o corte das bolsas do programa, criado oficialmente em 2012 para auxiliar universitários a terem acesso aos programas de mobilidade, fomentando a internacionalização nas Instituições de Ensino.
Na UEL foram cortadas seis bolsas oferecidas aos professores de inglês, já que as turmas dos idiomas de Italiano, Espanhol e Português para estrangeiros eram realizadas de forma voluntária pelos instrutores.
Segundo comunicado do governo federal, as bolsas dos coordenadores estão suspensas a partir deste mês, como adequação ao Decreto 9.741/19, que dispõe sobre a programação orçamentária e financeira e estabelece o cronograma mensal de investimentos da União. Professores bolsistas de cursos presenciais terão assegurados os pagamentos até o final das atividades das turmas, previstas para o próximo mês.
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De acordo com a coordenadora geral do programa na UEL, professora Marluce Fagotti de Paiva, desde setembro de 2017 o ISF mantinha seis professores bolsistas e dois coordenadores remunerados. Também integravam o programa quatro coordenadores dos idiomas Espanhol, Português para estrangeiros e Italiano. De acordo com a coordenadora geral, as atividades foram cortadas para o idioma inglês, sendo que o programa permanece para os demais idiomas.
Neste período de atividades a UEL ofertou 122 turmas de Inglês em mais de 20 cursos diferentes, além de outras 19 turmas dos outros idiomas. Ao todo foram atendidos 1.771 estudantes e oferecidos 2.903 exames de TOEFL (Test of English as a Foreign Language), que avalia o potencial individual de falar e entender o inglês em nível acadêmico.
O comunicado surpreendeu a coordenadora geral, que define os resultados como bastante positivos numericamente. Neste tempo de atividades, o Idioma Sem Fronteiras criou internamente uma cultura de que é necessário realizar o teste TOEFL para que o universitário tenha uma classificação internacional quanto ao seu nível de idioma.
Ela chama a atenção também para o fato de o programa preparar o estudante do curso de Letras para o ensino em nível acadêmico. A experiência destes alunos e dos professores deverá em breve ser registrada em quatro livros que deverão relatar o resultado da produção pedagógica em Língua Inglesa.
Uma das bolsistas que atuavam é a estudante do 4º ano de Letras/Inglês, Letícia Mito Faria, de 21 anos, que não esconde o impacto com o fim do programa. Ela explica que a Universidade perde uma atividade bastante rica, de ensino e aprimoramento de idiomas para fins acadêmicos.
A jovem afirma que além das aulas, os bolsistas criaram um material didático específico para as aulas e atividades em sala. A partir do final das atividades, ela pretende enviar currículos em escolas particulares, em busca de novas oportunidades de trabalho.